Juntos pelo Rossio aposta em nova providência cautelar para travar adjudicação da obra do Rossio.

2021-01-22 07:47

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O Movimento Juntos pelo Rossio deu entrada, ontem, de uma nova providência cautelar contra a adjudicação da obra no Rossio.

Essa ação deu entrada no Tribunal Administrativo do Porto no sentido de tentar suspender a deliberação que prevê a adjudicação da obra de requalificação do Rossio e Praça Humberto Delgado.

“Esta providência prevê anular os efeitos prejudiciais e irreversíveis que, na nossa opinião, advirão de semelhante decisão. É também a nossa plena convicção, que estando a decorrer, a par da providência cautelar, uma acção administrativa urgente no mencionado tribunal, da qual o executivo tem pleno conhecimento e para a qual não há, até a presente data, uma decisão definitiva, que o executivo Camarário estará a praticar actos lesivos para os interesses não só do município, dos cidadãos e, bem assim, dos demais interessados, nomeadamente os concorrentes deste concurso público”.

O Movimento apelava ontem ao adiamento das decisões tomadas em reunião de Câmara e lembra que a pandemia veio alterar tudo o que era conhecido na dinâmica económica e turística da cidade.

“Esta ação representa o derradeiro insulto aos Aveirenses, considerando que as supostas premissas alegadas pelo Presidente da Câmara, erradas desde o início, definitivamente já não se verificam. Isto é, o aumento da afluência turística na cidade, inexistente hoje e previsivelmente a médio prazo, assim como a necessidade de dar apoio aos projetos hoteleiros previstos que declaradamente ficaram suspensos neste período de pandemia e cujo fim não se vislumbra nos próximos tempos e cujas consequências nefastas ninguém pode seriamente negar”.

David Iguaz, principal rosto da contestação, afirma que os 12 milhões de euros para o Rossio são um insulto aos aveirenses em tempo de crise.

“O investimento de quase 12 milhões de euros representa, não só um custo desmesurado numa altura normal, mas uma afronta à população do município num período de grave crise social e económica, como aquela em que nos encontramos, quando os recursos financeiros disponíveis deveriam estar todos direcionados para apoiar a comunidade local para o período de superação e retoma que se avizinha longo e difícil. Esta obra irá agravar ainda mais a atual situação de crise, como a que já se faz sentir com as obras da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, que já resultou no encerramento definitivo de pelo menos 5 estabelecimentos comerciais”.