O movimento "Porta a Porta" regressa à rua nas principais cidades portuguesas contra a subida dos preços à habitação com apelos ao aumento do parque da habitação público e imposição da criação de habitação a preços regulados e acessíveis.
Reação aos dados do Índice de Preços da Habitação agora revelado pelo INE que dá conta que uma casa, em média, custou cerca de 232 mil euros, sendo que na região de Lisboa este valor ascende aos 381 mil euros, ou o Algarve onde em média uma casa custou 336 mil euros, o que significa que no 1º trimestre deste ano, face ao período homologo, as casas ficaram mais caras cerca de 16%.
Este é o maior aumento desde que há registos nas bases do INE.
Face ao trimestre anterior os preços subiram cerca de 5%, o que confirma o ritmo de aceleramento da subida dos preços.
Estes números coincidem com o primeiros trimestre integral em que estiveram em vigor as medidas tomadas pelo anterior governo e seguidas em muitos casos pelo atual governo.
O movimento diz que é seguir “rumo à catástrofe nacional”.
No próximo fim de semana haverá ações em 13 cidades do país.
Aveiro tem concentração, no sábado, às 15h, na Praça Melo Freitas.
O Caderno Reivindicativo de Emergência prevê a fixação de rendas; 10 anos de duração mínima nos contratos de arrendamento; Fim de todas as formas de despejos; Máximo de 35% dos rendimentos da família na prestação do crédito à habitação; Mobilizar todas as casas vazias para o arrendamento (excluídas as casas dos emigrantes e de segunda habitação); Proibir novas licenças para todos os tipos de alojamento turísticos em zonas de pressão e carência habitacional, com revisão imediata das licenças em vigor e mobilização das mesmas para arrendamento de longa duração a preço regulado e fim imediato dos benefícios fiscais que facilitam a especulação imobiliária.
Os promotores defendem incentivos à formação de cooperativas de habitação em propriedade baseadas em princípios de propriedade coletiva, proibindo a sua alienação e privatização para o mercado liberalizado.