A Ordem dos Médicos alerta para as dificuldades vividas em serviços de ginecologia e obstetrícia em unidades hospitalares do país e coloca Aveiro como um dos locais em dificuldades.
A gestão dos meses de verão, Julho e Agosto, poderá deixar o serviço inativo por falta de pessoal.
Uma visita ao local, deixou esse aviso com a Ordem a exigir “intervenção imediata e eficaz”.
“Após contacto direto com os médicos do serviço e com o Conselho de Administração do hospital foi evidente a necessidade urgente de reforçar as equipas médicas através da abertura célere dos concursos para preenchimento das vagas existentes, de mecanismos de maior atratividade para os médicos e condições de trabalho adequadas e seguras”, refere nota da Ordem liderada por Carlos Cortes que antecipa problemas na época alta do verão.
“Antecipamos que as escalas previstas para julho e agosto terão vários dias em que o serviço de urgência de Ginecologia e Obstetrícia estará encerrado por falta de médicos, situação que compromete gravemente a capacidade de resposta às necessidades das grávidas e das mulheres da região”.
Entre os principais problemas identificados destacam-se a insuficiência crítica de médicos especialistas, o “desgaste acentuado” das equipas existentes e o “risco iminente” de interrupções frequentes do serviço, “ameaçando diretamente a capacidade de resposta”.
A Ordem dos Médicos diz que a Direção-Executiva deve encontrar “soluções rápidas e eficazes”.
O Bastonário Carlos Cortes e o Presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Manuel Veríssimo, sublinham que apenas medidas estruturais imediatas podem garantir a continuidade, segurança e qualidade dos cuidados de saúde materno-infantis no Hospital de Aveiro.