Ílhavo: "Unir para Fazer" diz que Partidos ignoram segunda maior força política do Município.

O Movimento Independente “Unir para Fazer” reclama o papel de força de “oposição responsável”, em Ílhavo, e encontra nos partidos eleitos para os diferentes órgãos uma estratégia concertada para manter os independentes fora das soluções de governação.

Esta é a conclusão apresentada pelo UpF no rescaldo das tomadas de posse concluídas este domingo com Câmara e Assembleia Municipal acusando PSD e PS de ignorarem a segunda força mais votada.

A estrutura que assegurou a reeleição em São Salvador mas que perdeu a maioria na Câmara Municipal afirma que esteve à altura de uma tomada de posse autárquica feita com “responsabilidade”.

No rescaldo das tomadas de posse dos eleitos fala em “responsabilidade democrática” na Junta de São Salvador, onde é maioria, e nos contributos para viabilizar tomadas de posse de “governos” minoritários.

“O Unir para Fazer continuará a governar a Junta de Freguesia de São Salvador e a desempenhar o seu papel de oposição séria, responsável e coerente nos restantes órgãos do Município de Ílhavo”.

A nota divulgada esta terça aponta baterias aos partidos do “arco da governação” que se aproximaram há 4 anos e que mantêm essa proximidade.

“Estas tomadas de posse mostraram que, mesmo nos órgãos em que não havia maioria absoluta e em que somos a maior força política de oposição, como são os casos da Assembleia de Freguesia da Gafanha da Nazaré e da Assembleia Municipal de Ílhavo, nunca fomos contactados pelos mais votados, tendo os partidos optado por acertar exclusivamente entre eles as condições de governabilidade e a composição da Mesa da Assembleia Municipal, excluindo o Movimento político que representa uma fatia do eleitorado idêntica em número a quem vai governar”.

No caso da Assembleia Municipal direciona a sua atenção para o entendimento entre AD e PS e o esquecimento da segunda força mais votada que continua arredada da Mesa.

Recorda que essa aproximação nunca foi possível em mais de 40 anos do Portugal democrático até ao dia em que um movimento independente chegou ao poder.

“O aparecimento do Movimento Unir para Fazer levou à aproximação entre PSD e PS e ao acordo, por exemplo, na gestão dos trabalhos da Assembleia Municipal, como aconteceu no último mandato, com o pretexto de fiscalizar o executivo da força política (Unir para Fazer) que estava no poder. Ora, na primeira reunião da Assembleia Municipal, pudemos constatar que esta aproximação e acordo entre estes dois partidos se mantém, embora um esteja no poder e outro, supostamente, na oposição, não considerando nem respeitando a maior força política da oposição, o Movimento Unir para Fazer”.

O UpF diz que foram alterados “pressupostos invocados no mandato anterior” em gesto de “incoerência” ao nível de “posições” e “argumentos” defendidos por PSD e PS.

“Acresce que a apregoada bandeira da defesa de uma Mesa pluripartidária, além de se restringir apenas aos mesmos dois partidos, nunca foi considerada aquando da constituição das Mesas das Assembleias de Freguesia”.