Ílhavo: PS e PSD vetam proposta da autarquia para contratação de familiar de dirigente do movimento independente.

O Partido Socialista de Ílhavo acusa a maioria independente Unir para Fazer de atuar de forma pouco ética ao patrocinar a tentativa de contratação, por ajuste direto sob a forma de avença, de uma familiar direta do líder da bancada e candidato à Assembleia Municipal de Ílhavo para os serviços da autarquia.

Sérgio Lopes diz que foram os partidos a travar a iniciativa na reunião de Câmara da passada quinta-feira.

Recorda que não foi a primeira vez que tal aconteceu no mandato e que noutro caso motivou recurso a "expediente" para contornar esse chumbo dos partidos.

Neste caso, a proposta de ajuste direto acabou chumbada por vereadores do PS e do PSD.

O vereador que participou no programa “Discurso Direto” diz que no momento em que o país avançou para eleições antecipadas devido a um processo em torno de questões éticas, este é um sinal de que os movimentos independentes não conseguem combater o pior dos comportamentos dos Partidos Políticos (com áudio)

Rui Rufino lamentou a posição assumida pelo Partido Socialista de trazer a público uma questão debatida em reunião privada.

O representante do movimento independente “Unir para Fazer” contesta que os políticos questionem uma decisão assumida por técnicos da autarquia sobre necessidade de recursos.

Entende que existe um prejuízo para quem se dedica à causa pública por ter a vida exposta e ver chumbada uma contratação sugerida por técnicos da autarquia (com áudio)

Margarida Alves, do PSD, classificou a situação como “falta de bom senso”.

A representante do Partido Social Democrata no programa “Discurso Direto” fala em discurso de vitimização admitindo que os próximos meses venham a manter este tom (com áudio)

Sérgio Sarabando, do Chega, pede “seriedade” e opção por concursos públicos que garantam igualdade no acesso às vagas.

Afirma que o poder local deve ser exemplo para o país e para os políticos nacionais.

"Temos que ser mais sérios. Presidentes de Junta e de Câmara têm poder sobre o poder em Lisboa. Temos que picar quem está lá em cima para proteger o nosso povo".

O debate em torno de um caso que marcou a reunião de Câmara de Ílhavo na semana passada.