Sindicato dos Enfermeiros contra ordem do centro hospitalar para o regresso de três enfermeiras.

2021-01-07 08:21

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O Centro Hospitalar Baixo Vouga, que engloba os Hospitais de Aveiro, Estarreja e Águeda, está a ser acusado pelo sindicato dos enfermeiros de cessar a mobilidade a três enfermeiras (2 especialistas de reabilitação).

A estrutura sindical diz que fica coloca em causa a prestação de cuidados de enfermagem a doentes dependentes.

O Centro Hospitalar Baixo Vouga terá, segundo o Sindicato, exigido a cessação da mobilidade a três enfermeiras, duas das quais especialistas de reabilitação, alocadas à Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) que serve as populações do âmbito dos Centros de Saúde de Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Vale de Cambra, à UCC do Centro de Saúde da Póvoa do Lanhoso e à Unidade de Saúde Familiar (USF) do Centro de Saúde de Arouca e a cuidar de doentes dependentes em casa.

Estariam na condição de cedidas há já 5 anos pelo CHBV e foram informadas para regressar à instituição, a 1 de Janeiro do corrente ano.

“A cessação da mobilidade por cedência de interesse público destas enfermeiras coloca seriamente em risco a saúde dos doentes que dependem destes cuidados especializados”, avisa o sindicato.

Neste contexto, foi dirigido a diferentes entidades, entre as quais ao Centro Hospitalar Baixo Vouga, um abaixo-assinado designado “Carta de Indignação”, subscrito por 43 profissionais (enfermeiros, médicos, nutricionista, assistentes técnicos, e assistentes operacionais) do Centro de Saúde da Póvoa do Lanhoso, manifestando a sua inteira solidariedade à enfermeira a quem foi cessada a mobilidade e manifestado o repúdio pela decisão da administração do CHBV.

“Sendo uma situação que era passível de ser resolvida quer juridicamente quer administrativamente, o SEP expôs esta problemática a diferentes entidades (CH Baixo Vouga, ARS Norte, Administração Central do Sistema de Saúde e às respetivas Câmaras Municipais do âmbito do exercício profissional daquelas enfermeiras), as quais podiam (se quisessem) encontrar e mobilizar a solução para a permanência destas enfermeiras naqueles postos de trabalho”, refere nota do sindicato.