Polis diz ter provas de que dragagens não afetam "a normal vivência de várias espécies no habitat da Ria de Aveiro”.

2020-09-14 11:31

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A Polis Litoral Ria de Aveiro garante que os trabalhos de desassoreamento da ria não colocam em causa a biodiversidade e tem permitido monitorizar a evolução das espécies.

Nesta altura trabalham 6 dragas e 3 batelões com uma equipa que se encontra no canal de Ovar a sul da Praia do Areinho, no canal de acesso ao cais da Ribeira, no rio Boco, a norte e a sul da ponte da Água Fria, e no Canal de Mira, a sul da ponte da Barra.

A intervenção é acompanhada desde o seu início por biólogos e técnicos especialistas nos ecossistemas em causa, “dada a elevada sensibilidade destes ambientes e das suas ocupações, com especial relevância para as áreas de deposição de sedimentos, por se tratarem de espaços onde bastantes espécies de aves aquáticas se alimentam e abrigam”.

As áreas de depósito servem de zonas de alimentação de várias espécies de aves, em particular na baixa-mar.

Durante o período de reprodução, foram detetados vários ninhos em locais de deposição nas margens da Ria, nos concelhos da Murtosa e de Ovar, e na praia a sul da Costa Nova, um deles por baixo do tubo de descarga de dragados para o mar, que lhe serviria de proteção.

Entretanto, já ocorreu o nascimento de alguns exemplares, nomeadamente da espécie borrelho-de-coleira-interrompida.

A Polis diz que já foi possível observar a interação de outras espécies, como por exemplo uma raposa atravessando uma área onde se encontrava a tubagem de repulsão, “demonstrando que a obra não afeta a normal vivência de várias espécies no habitat da Ria de Aveiro”.