Movimento Juntos pelo Rossio desafia hotéis a recusar parque de estacionamento no Rossio.

2019-05-12 18:04

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O Movimento Juntos pelo Rossio desafia hotéis a recusar parque de estacionamento no Rossio. No dia da cidade, os contestatários lançaram o desafio em jeito de carta aberta.

O coletivo que luta para travar empreendimento tem acusado a autarquia de estar a trabalhar para investidores da hotelaria.

Agora apela aos investidores dos futuros hotéis de 5 estrelas que recusem oferta da autarquia e exigem "respeito pelo património cultural, ambiental e social".

O movimento cívico publicou hoje uma carta aberta aos hoteleiros, apelando a que se mobilizem contra a construção do novo parque de estacionamento.

Alerta para a transformação do Rossio e para os impactos do aumento da circulação de carros nas eclusas junto à Troncalhada (na foto).

David Iguaz, do Juntos pelo Rossio, explica que pretendem "alertar os investidores para o perigo da destruição do postal da cidade afastar os seus potenciais clientes. Com este parque, ninguém sairá beneficiado, muito menos o setor turístico".

"Os comerciantes instalados no Rossio já perceberam que têm muito a perder e estão do lado da população local e de todo o concelho, onde é consensual que a obra não é desejada. E, num momento em que devíamos projetar a cidade para diminuir o seu impacto nas alterações climáticas, o autarca de Aveiro teima em trazer mais carros para o centro", acrescenta David Iguaz.

O movimento acredita que "os potenciais investidores dos hotéis anunciados por Ribau Esteves terão mais bom senso do que o autarca".

“É sabido que a Câmara Municipal de Aveiro tem publicamente enaltecido o investimento por parte de novos hotéis de 5 estrelas na cidade. E é também sabido que o Executivo Camarário já fez referência à mais-valia que seria ter estacionamento à porta dos restaurantes, hotéis e alojamentos do centro, sendo que muitos não poderão ter o seu estacionamento privado. Será a construção do parque feita por “encomenda” destes privados? Queremos acreditar que não”.