MARIA: Movimento e Câmara de Estarreja "juntos em defesa da Ria".

2019-06-11 16:48

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O MARIA e a Câmara Municipal de Estarreja partilham o mesmo tipo de preocupações em relação Ria de Aveiro, considerando que o assoreamento, o aumento da amplitude das marés e a falta de recursos piscícolas são três dos problemas mais preocupantes da laguna.

Numa reunião solicitada pelo MARIA para apresentação de cumprimentos, o Presidente do Município de Estarreja, Diamantino Sabina, alertou ainda para a necessidade de se preservar e proteger a indústria artesanal de construção naval, invertendo o caminho que esta vem seguindo desde há décadas. Nesta lógica, o autarca indicou que o Município de Estarreja tem feito um esforço no sentido de atrair jovens às artes tradicionais de construção naval, notando que esta atividade precisa de dar resposta e acompanhar o bom momento que atualmente vive o turismo regional.

Relativamente aos trabalhos de desassoreamento da Ria de Aveiro que tiveram já início a Norte da laguna, Diamantino Sabina considerou tratar-se de uma obra desejada e há muito necessária, referindo, no entanto, que é preciso agora encontrar metodologias de estabilização para evitar que os sedimentos regressem aos fundos da laguna.

Os representantes do MARIA, por seu lado, enumeraram os motivos que estiveram na origem do Movimento, salientando que a sua mobilização resulta do interesse e até da paixão que todos os membros partilham em relação à Ria de Aveiro. Lembraram que o MARIA emana diretamente da sociedade civil, é independente de quaisquer poderes políticos, económicos ou religiosos e resulta da agregação voluntária de pessoas, coletividades, associações e organizações disponíveis para participar, apoiar e facilitar a discussão e reflexão de todos os temas relacionados com a Ria de Aveiro. Finalmente, sublinharam que o Movimento visa a promoção e defesa do ecossistema integrado da Ria de Aveiro, enquanto realidade socioeconómica presente e com forte importância nos municípios de Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Ovar e Vagos, numa lógica colaborativa, do bem-estar e desenvolvimento das diferentes comunidades e operadores, na defesa dos seus interesses e dos seu inter-relacionamento.