Instituto Confúcio da UA comemora chegada do novo ano chinês.

2018-02-10 09:48

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O Instituto Confúcio da UA (IC-UA) comemora a chegada do Ano Novo Chinês – o Ano do Cão – com um conjunto de iniciativas dirigidas à comunidade aveirense. 

No dia 17 de fevereiro, entre as 10h00 e as 13h00, realizam-se, no Mercado Manuel Firmino, vários momentos de dança chinesa, à dança do dragão, um espetáculo de música tradicional chinesa, demonstração de artes marciais e uma mostra gastronómica e cultural. 

Decorrem, ainda, ateliês de caligrafia, de teatro de sombras e de Jogos tradicionais chineses (com prémios para os participantes).

Este sábado, dia 10 de fevereiro, uma comitiva constituída por alunos do Departamento de Línguas e Culturas e do IC-UA, o grupo de Artes Marciais deste Instituto e projetos de ensino de mandarim desloca-se a Lisboa para participar na celebração do Ano Novo chinês nesta cidade. Além de participar no desfile, o IC-UA vai fazer uma demonstração da dança do dragão.

No dia 3 de março, entre as 14h00 e as18h00, o IC-UA celebra o Festival das Lanternas em S. João da Madeira, com um programa idêntico ao oferecido em Aveiro, por ocasião dos festejos do Novo Ano Chinês.

As festividades do Ano Novo chinês começam em dia de Lua Nova e terminam no dia da lua cheia, duas semanas depois, com a celebração do Festival das Lanternas.

Em 2018, o Ano Novo Chinês celebra-se, sob o signo do cão na passagem do dia 15 para o dia 16 de fevereiro. Durante as festividades, as pessoas acendem lanternas vermelhas, penduram-nas diante da porta principal e lançam ainda fogo-de-artifício para espantar os maus espíritos, o azar e as más energias.

Neste dia, é comum as crianças serem presenteadas pelos mais velhos com um envelope vermelho contendo dinheiro. O ato de entregar o envelope vermelho (hong bao) representa a generosidade e o desejo de boa sorte e de paz para o ano novo.

O primeiro dia do ano é móvel porque o calendário chinês, criado durante a dinastia Xin (2070–1600, a.C.), se rege pelos ciclos da lua, que duram aproximadamente 29,5 dias. Também denominado calendário Xia, o calendário lunar tem 12 meses e 354 ou 355 dias.

Para ajustar a diferença que se estabelece com o calendário solar, é necessário, de tempos a tempos, acrescentar um mês extra, denominado mês bissexto. Este mês é inserido sete vezes em cada 19 anos, de acordo com este esquema: ao fim do 3.º ano (+1 mês), do 5.º (+1 mês), do 8.º (+1 mês), do 11.º (+1 mês), do 14.º (+1 mês) e do 19.º (+2 meses).

O Festival das Lanternas acontece, em 2018, no dia 2 de março. Segundo o calendário lunar chinês, quando aparece a primeira lua cheia do ano, o que acontece no 15.º dia após o Ano Novo Lunar, celebra-se a Festa do Yuan Xiao ou do Shang Yuan, considerada o epílogo da Festa da Primavera (Yuan é o primeiro mês lunar; Xiao significa noite; e Shang, primeiro).

Nesta noite, além de se comer Yuan Xiao (nome dado a um bolinho de arroz), realizam-se, por todo o país, variadas e coloridas atividades recreativas, a mais atrativa das quais é o Festival das Lanternas.

Os chineses ornamentam com lanternas coloridas as salas de visita e os beirais dos telhados e vêm para a rua festejar, transportando muitos deles lanternas. Antigamente, as meninas solteiras não podiam sair de casa, exceto neste dia, em que tinham, por esse motivo, mais oportunidades para arranjar namorados. Daí que a festa do Shang Yuan seja considerada também o dia dos namorados.

Sobre a origem desta festividade, existem algumas versões. A mais comum diz que o imperador Liu Che subiu ao trono no 15.º dia do primeiro mês lunar do ano 156 antes de nossa era e que, todos os anos, na noite deste dia, saía do Palácio Imperial para se divertir com o povo. Assim se instituiu a Festa do Yuan Xiao ou Festa das Lanternas (o nome mais conhecido) ou Festa do Shang Yuan.