Gafanha da Nazaré: Professores em greve explicam motivos da paralisação. Pais com dúvidas sobre gestão dos ATL.

2022-12-12 07:26

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Professores afetos ao Sindicato de Todos os Professores, fundado em 2018, continuam em greve por tempo indeterminado e, esta segunda-feira, com ações à porta da Escola Básica da Gafanha da Nazaré e à porta da Câmara de Ílhavo.

Os professores da Escola Básica da Gafanha da Nazaré estarão, às 8h30, em manifestação à porta desta escola para explicar aos meios de comunicação e às famílias o propósito da ação.

Depois, às 18h, estarão em frente à Câmara Municipal de Ílhavo.

O protesto nacional começou na sexta-feira com greve por tempo indeterminado convocada pelo S.T.O.P que contesta as propostas de alteração aos concursos e exige respostas a problemas antigos da classe docente.

Este é um momento em que o Ministério da Educação negoceia com os sindicatos mas com divergências de fundo por parte das estruturas sindicais.

As alterações ao modelo de concurso de colocação de professores e as condições da carreira (salários, dificuldades na mudança de escalão, tempo de serviço congelado) são apresentados como justificação para a paralisação.

Um dos pontos que merece mais contestação é a criação de mapas intermunicipais e do conselho de diretores que passam a poder escolher os professores por “adequação de perfil".

Os docentes dizem que este é o primeiro passo para municipalizar a educação.

Há também manifestação agendada para março de 2023 e vigílias um pouco por todo o país.

A Greve está também a levantar dúvidas entre as famílias quanto aos procedimentos adotados pelos agrupamentos.

Os pais revelam que há alterações aos procedimentos habituais em situações de greve dos professores.

Em causa o eventual encerramento de escolas.

Os pais questionam se é possível o encerramento das escolas não se tratando de uma greve Geral que abranja todos os setores profissionais da Escola.

Isto porque dizem ser mantido recursos como o bar, biblioteca, papelaria e refeitório.

Há pais que dizem estar sob “ameaça” uma vez que a manutenção do ATL pode ser considerada irregular num quadro de greve, visto poder tratar-se de uma “substituição” de professores.

Pedem esclarecimento à Câmara de Ílhavo para saber como devem atuar na gestão dos ATL e perguntam se pode um qualquer sindicato ou direção de agrupamento condicionar uma resposta de caráter social organizada para o dia.