Federação Nacional dos Médicos admite possível rotura nas urgências do Hospital de Aveiro.

2023-09-29 09:11

Categoria: 

Concelho: 

A Federação Nacional dos Médicos coloca Aveiro entre as situações desesperante vividas no país admitindo “rutura nos Serviços de Urgência”.

Tudo porque no braço de ferro com o Ministério da Saúde os médicos recusam fazer acima das 150 horas extraordinárias por ano.

Com manifestação agendada para 17 de Outubro em frente ao Ministério da Saúde, a FNAM aponta “responsabilidade de Manuel Pizarro”.Fala em acumular de episódios dramáticos, com mais de duas dezenas de hospitais em risco de ficarem sem Serviços de Urgência.

“A FNAM exige um Ministro da Saúde que perceba de Saúde e que não desvalorize o risco de termos um SNS que não sobrevive sem um acordo que defenda a carreira médica. O SNS não pode estar dependente das 8 milhões de horas extraordinárias que os médicos realizam por ano”.

Aveiro, Viana do Castelo, Vila Real, Penafiel, Bragança, Guarda, Viseu, Aveiro, Santarém, Lisboa e Almada são alguns dos locais onde a situação é considerada mais desesperante.

“Como temos vindo a alertar, o movimento dos médicos que declararam, face ao impasse nas negociações, não fazer mais do que o limite legal das 150 horas suplementares por ano, explodiu e ganhou dimensão nacional”.

Mais de 1500 médicos entregaram as declarações manifestando indisponibilidade para fazer mais do que o limite legal de 150 horas suplementares por ano, sendo que praticamente não existem hospitais com possibilidade de organizar as escalas de outubro e onde é certo que não será possível fazerem as de novembro e dezembro.

“Aos sucessivos alertas da (FNAM), o Ministro respondeu com sobranceria, desvalorizando sistematicamente os sinais de alarme. Desprovido de um programa de intervenção capaz, Manuel Pizarro passou a confiar exclusivamente na sorte para evitar uma tragédia. Sendo médicos, aprendemos a não confiar na sorte, e sim na evidência. Por isso mesmo dizemos que ainda vamos a tempo de encontrar uma solução de emergência para salvar o SNS”.

Há greves marcadas para os dias 17 e 18 de outubro e para os dias 14 e 15 de novembro, e agora também uma manifestação nacional, no dia 17 de outubro, às 15h, em frente ao Ministério da Saúde.