Estarreja: PS pede investigação a fuga de pvc na fábrica da Cires.

2022-05-05 08:33

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O Partido Socialista de Estarreja quer explicações sobre a libertação para a atmosfera de partículas de PVC (policloreto de vinilo), entre as 06h50 e as 08h50 de segunda feira, 2 de Maio de 2022, e quer saber porque razão a estação medidora da qualidade ao ar não dá nota dessa fuga.

A CIRES informou na terça-feira Agência Portuguesa do Ambiente e Câmara Municipal de Estarreja sobre a ocorrência sucedida na manhã de segunda-feira, 2 de maio, quanto à fuga para a atmosfera de partículas de PVC (policloreto de vinílo) considerando tratar-se de um “produto não perigoso”, fabricado pela empresa

Essa fuga deu-se no arranque da operação depois de paragem por falta de matéria-prima.

De acordo com a empresa o evento reportado é sobre a emissão de um produto não perigoso, constituído por partículas de cor branca “quimicamente inertes”.

Não foi quantificada a quantidade de produto libertado e a operação de retoma foi confirmada às 8h50 sem registo de novos problemas.

A CIRES explicou que iria agora fazer investigação interna sobre as causas.

O PS vem a público pedir explicações salientando que o plástico no ambiente é altamente poluente.

E criticando a comunicação da empresa.

“Considerar uma descarga de PVC ambientalmente inofensiva revela pouca consideração pelo nível de informação de quem recebe a mensagem”.

A concelhia do Partido Socialista defende que este tipo de situação deve ser tratada de outra forma.

“Nada nos move contra nenhuma empresa. Mas é desígnio do PS fazer deste nosso mandato, um mandato em que as questões do ambiente sejam discutidas e debatidas, a favor de uma terra despoluída e que contribua localmente para a boa qualidade ambiental do país”.

Outra das notas do PS vai para a estação medidora da qualidade do ar que no domingo, 1 de Maio de 2022, durante a manhã, assinalava as partículas PM 2,5 (as mais perigosas) no “vermelho” e na segunda, durante a fuga de pvc para a atmosfera, nada registou de anormal.

“O que aconteceu no domingo entre as 09.00 e as 12.00 horas, quando a estação de medição assinalou ar não saudável? Porque é que a estação de monitorização de ar não assinalou nenhuma emissão para a atmosfera entre as 06.50 e as 08.50 horas de segunda, período no qual a CIRES diz que ocorreu o fenómeno?” questiona o Partido Socialista.