Equipa que integra elementos da UA está na Fase 2 do European Robotic Challenges.

2017-02-03 11:15

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O IRIS Lab, Laboratório Inteligent Robotics and Inteligent Systems, da Universidade de Aveiro (UA), em parceria com a IMA, empresa italiana que é líder mundial de maquinaria de empacotamento, parceiros na TIMAIRIS, é uma das cinco equipas selecionadas para a Fase 2 do European Robotic Challenges (EuRoC).

A parceria em que entra o IRIS Lab do Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática de Aveiro (IEETA), unidade de investigação da UA, foi a melhor colocada na primeira prova e a segunda na prova seguinte desta Fase 2. Para além do futebol robótico e da simulação, o IRIS Lab tem vindo a desenvolver projetos que têm aplicação industrial.

Tarefas, tais como ir buscar caixas dispostas ao acaso num espaço e coloca-las numa mesa, enfiar uma anilha e apertar uma porca em parafusos foram duas tarefas realizadas na primeira de três provas da Fase 2 da competição EuRoC. Na primeira tarefa, a equipa TIMAIRIS ficou em primeiro lugar destacado entre as cinco equipas concorrentes, com 3m04s, tendo a segunda classificada concluído a prova em 4m56s. Na segunda, a diferença ainda foi maior: TIMAIRIS – 6m15s contra 15m01s da segunda classificada. Na segunda prova da Fase 2, a equipa TIMAIRIS demonstrou a montagem de um puzzle através da interação entre humano e robô, e ficou em segundo lugar. Quanto à terceira prova, a TIMAIRIS já a cumpriu, mas só saberá o resultado em maio.

A participação da Robótica da UA no EuRoC é uma das facetas do trabalho do IRIS Lab em soluções de robótica industrial. Desde 2011 que a equipa de investigadores tem vindo a colaborar em parcerias neste âmbito, das quais se destacam dois projetos mobilizadores do cluster PRODUTECH - Pólo de Competitividade das Tecnologias de Produção: PRODUTECH-PTI (Novos Processos e Tecnologias Inovadoras para a Fileira das Tecnologias de Produção) e o PRODUTECH-PSI (Novos Produtos e Serviços para a Indústria Transformadora), ainda financiados pelo anterior programa quadro.

Cada um destes projetos mobilizadores consistiu em vários PPS (Projeto, Produto ou Serviço), organizados em atividades, em que cada atividade consistia no desenvolvimento de uma solução concreta, reunindo um conjunto de intervenientes, entre empresas da fileira das tecnologias de produção, empresas utilizadoras e tomadoras das soluções desenvolvidas, instituições de investigação, centros tecnológicos sectoriais e empresas de consultoria.

No PRODUTECH-I, a UA interveio em diversos PPS, tendo estado ligada à coordenação de algumas das atividades de desenvolvimento de novos projetos, produtos e serviços. Com estas ações, a Universidade de Aveiro estabeleceu uma rede de contactos e parcerias no domínio das tecnologias de produção industrial, envolvendo os principais atores nacionais neste domínio, com reflexos concretos na capacidade de desenvolvimento de novos projetos e na ligação Universidade-Indústria. Nuno Lau, Bernardo Cunha, José Luís Azevedo, Pedro Fonseca, Artur Pereira, António Neves, Luís Seabra Lopes, Paulo Pedreiras e Paulo Dias foram alguns dos docentes (também investigadores IEETA) que participaram no PRODUTECH-I

Na atividade 2.1. da tarefa PPS 2 do PSI, a UA colaborou com a SONAE Indústria. Na atividade 2.2., com a empresa Pronorma, foi desenvolvido um sistema de gestão da linha de produção que permite articular as necessidades de produção e manutenção, tornado a linha de produção mais eficiente, obrigando a menos paragens. No caso do outro projeto mobilizador, PTI, houve colaborações com a EFACEC – desenvolvimento de um sistema de localização e navegação – e com a Azevedo Indústria que envolveu um sistema robotizado para manipulação e alimentação de barras de cortiça para serem perfuradas, produzindo rolhas.

Estes são apenas dois casos da colaboração do IRIS Lab com a indústria que, aliás, vieram a despoletar várias outras colaborações. A participação da UA no PRODUTECH-I, financiado pelo anterior programa quadro, permitiu aos investigadores criarem uma rede de contactos junto das empresas da fileira das tecnologias de produção, segundo assinalam os coordenadores das atividades, Nuno Lau (também atual coordenador do IRIS Lab) e Pedro Fonseca. Os trabalhos desenvolvidos permitiram enquadrar o trabalho de vários bolseiros de doutoramento e tiveram como resultado diversas publicações científicas.

texto e foto: UA