DGS: Novos casos estabilizam mas número de internados continua a aumentar.

2020-10-20 15:03

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Portugal somou mais 1876 casos de covid-19 esta terça-feira. Além de mais 15 mortos, cresce o número de pessoas internadas, para registos do pior da primeira vaga.

Portugal voltou a registar menos de dois mil casos diários de covid-19 pelo terceiro dia consecutivo. Com os 1876 notificados até à meia-noite de segunda-feira, o acumulado de infeções é agora de 103736.

Segundo o Boletim da DGS, revelado esta terça-feira, morreram mais 15 pessoas nas últimas 24 horas, elevando para 2213 o total de vidas levadas pelo novo coronavírus em Portugal.

Nos hospitais, apesar das mensagens e apelos à tranquilidade, o número de internados está ao nível de abril, aquando do pico da primeira vaga. Com mais 63 pessoas internadas nas últimas 24 horas, aumentou para 1237 o número de doentes com necessidade de cuidados médicos especializados. Em Unidades de Cuidados Intensivos há, agora, 176 pessoas, mais 11 que na segunda-feira.

Estes números significam que só por quatro vezes, entre sete e 11 de abril, o número de internados em ambiente hospitalar foi superior. Os 1237 hospitalizados significam, assim, o quinto dia de maior ocupação de camas hospitalares.

Segundo o boletim da DGS, o número de recuperados nas últimas 24 horas, 1932, foi superior ao de novos casos. São, agora, 61898 as pessoas que superaram a doença.

Das vítimas mortais, seis residiam na Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT) e cinco na Região Norte. O centro do país, de acordo com a organização da DGS, somou mais dois óbitos, para um total de 281, o mesmo sucedendo no Alentejo, que agora regista 29 vítimas mortais.

A doença é particularmente fatal para os mais velhos. Das 15 vidas perdidas para covid-19 nas últimas 24 horas, dez (cinco homens e cinco mulheres) tinham mais de 80 anos. Quatro dos óbitos assinalados no boletim da DGS desta terça-feira tinham mais de 70 anos, e um mais de 60, todos homens.

A Região Norte é a mais afetada pela mortalidade, somando, agora, 976 óbitos associados ao novo coronavírus, tendo registado mais de mil casos diários de covid-19 pela sexta vez nos últimos sete dias. Com mais 1106 infeções, o acumulado desde o início da pandemia, a 2 de março, é, agora, de 41542 positivos.

Na Região Centro (RC) o aumento de novos casos mantém-se na casa dos dois dígitos. Com mais 199 infeções, o acumulado vai, agora, em 8546. As vítimas mortais são 281, mais duas do que na segunda-feira.

A RLVT, a mais populosa do país, concentra o maior número de casos, 48596, depois de somados os 435 registados esta terça-feira, o segundo registo mais baixo dos últimos sete dias.

No Alentejo o crescimento de casos foi o segundo mais forte da última semana, com 187 infeções, para um acumulado de 2113 desde o início da pandemia. O número de vítimas mortais manteve-se estável, em 22.

No extremo sul do território nacional, aos 32 casos de ontem somam-se 35 esta terça-feira, para uma cumulado de 2266 e 22 vítimas mortais.

Nas ilhas a covid-19 progride mais lentamente. Os Açores somaram mais três casos, para um total de 328, com os mesmos 15 óbitos desde 12 de maio, enquanto na Madeira, sem vítimas mortais associadas à covid-19, são, agora, 345 os casos confirmados, mais 11 do que na segunda-feira.

A DGS revela ainda que estão ativos 39625 casos, menos 71 em relação ao dia anterior. As autoridades de saúde têm 56.126 pessoas em vigilância, mais 701 do que na segunda-feira.

Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.

No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 47.253 homens e 56.483 mulheres, de acordo com os casos declarados.

Do total de vítimas mortais, 1.120 eram homens e 1.093 mulheres.

O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.