Campanha cidadã quer dinamizar recuperação do Argus.

2020-02-18 12:20

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Um grupo de facebook lançou uma campanha para a dar força à recuperação do Argus.

Tem mais de dois mil membros e continua a crescer anunciando para breve encontro com a administração da empresa Pascoal e Filhos para perceber qual o contributo que é possível dar em nome dessa recuperação.

Adquirido pela empresa que foi proprietária e responsável pela recuperação do Santa Maria Manuela, antes da venda para a Fundação Francisco Manuel dos Santos, o Argus estava à venda e, eventualmente, condenado ao desmantelamento depois de ter estado ao serviço do turismo nas Caraíbas.

O quadro financeiro atual não tem permitido avanços na recuperação e os mais saudosos admitem que o antigo Polynesia II corre riscos.

Considerado símbolo da pesca à linha, a par do Creoula e do Santa Maria Manuela, com as mesmas linhas, este lugre ficou célebre pelo documentário “A Campanha do Argus”, de Allan Villiers.

Depois do regresso, há 10 anos, a mãos portuguesas, o Argus ficou acostado no terminal bacalhoeiro na Gafanha da Nazaré e tem estado a degradar-se.“Enquanto propriedade particular de uma empresa, pretendemos em breve , marcar uma entrevista com a administração da Pascoal & Filhos, S.A. e dar a conhecer esta task force que nasceu espontaneamente na sociedade civil e perceber a sensibilidade da empresa para este assunto. Apenas queremos ajudar a fazer algo para que o ARGUS não caia no esquecimento. Quantos mais formos e mais dinâmicos nos revelarmos, menos difícil tornamos esta aventura”, afirma o grupo criado nos últimos dias e que tem no realizador Rui Bela um dos seus principais dinamizadores.

A recuperação do Gil Eanes é apontada como exemplo da mobilização cidadã surgindo como inspiração.

“Sejamos novamente um exemplo da força dos portugueses, neste caso com ajuda internacional, em causas perdidas para muitos. Assim daremos o nosso contributo para que uma das odisseias mais gloriosas dos portugueses, a pesca do bacalhau, não caia no esquecimento e perdure no tempo, graças a este património ímpar”.

 

foto: Rui Bela