Aveiro: "O Rossio é um jardim e no futuro será uma praça e isso faz muita diferença na vivência das pessoas" - Maria José Curado.

2020-01-21 10:45

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Maria José Curado assume preocupação pela intervenção no Rossio.

A arquiteta paisagista que assina a obra “Evolução Urbana de Aveiro” numa leitura histórica sobre a evolução do espaço urbano em Aveiro, lembra que o Rossio resulta de aterro e que já foi marinha.

Mais do que a capacidade técnica para conseguir um estacionamento em cave em terrenos inundáveis diz que a falta de espaços verdes é o principal problema.

Mesmo com o anunciado aumento da área verde, explica que uma praça não é um jardim e avisa para as carências de espaços verdes a norte do canal das Pirâmides (com áudio)

A docente na Universidade do Porto é licenciada em Arquitetura Paisagista (ISA/UTL), mestre em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano (FAUP/FEUP) e doutorada em Ciências Aplicadas ao Ambiente.

Fala de Aveiro como cidade que perdeu a muralha e que logo nesse momento acabou por perder a definição de zona antiga e cidade nova.

Sobre centralidades diz que é uma das lacunas que os poderes devem refletir (com áudio)

Entrevistada pela Terra Nova, falou sobre os cuidados a ter com o património civil por entender que há muita renovação mas pouco cuidada e diz que o valor de referência deve ser a marca histórica dos elementos e estudar para conhecer cada detalhe.

Esclarece que não é fundamentalista quanto às intervenções em espaço público por levantar questões em torno das mexidas e que sempre haverá erros no planeamento.

Lembra que um dos símbolos da cidade, a avenida Dr Lourenço Peixinho, estava destinada a ser um eixo entre a estação da CP e o Governo Civil e que acabou deslocada à época para uma área que era um canal (com áudio)