Reabilitação domina Planos da Câmara de Ílhavo. PS diz que há "falta de energia".

2017-12-12 10:22

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A proposta do Plano e Orçamento da Câmara de Ílhavo para 2018, aprovada pela maioria Social Democrata, assume o montante global de 29.2 milhões de euros e para a autarquia fica como primeiro passo de uma caminhada de quatro anos. As Grandes Opções do Plano representam o valor de 14.6 milhões e a despesa de funcionamento da autarquia supera os 15 milhões.

A lista de investimentos em Ílhavo para 2018 consagra a construção do Centro Escolar da Gafanha de Aquém; medidas de eficiência energética da rede de iluminação pública e piscinas; execução de projetos do Plano Estratégico do Desenvolvimento Urbano (PEDU Ílhavo), Plano de Ação para a Mobilidade Urbana Sustentável, Plano de Ação de Regeneração Urbana e Plano de Ação Integrado para as Comunidades Desfavorecidas; Construção da área de Acolhimento Empresarial da Gafanha de Aquém; a realização da obra da rede de águas pluviais e resíduos urbanos da Gafanha de Aquém e da Gafanha da Encarnação; requalificação da rede de escolas do ensino básico, designadamente a Escola Básica da Marinha Velha; requalificação na frente Ria na Gafanha de Aquém (2.ª fase); reformulação e alteração viária do nó da Rotunda da Barra; construção de passeios e requalificação de arruamentos vários com pavimentação e sinalização horizontal no Município.

A autarquia mantém os eventos que são já imagem de marca do Município (Festival do Bacalhau, o Festival de Marisco, a Rota das Padeiras e o Marolas).

Fernando Caçoilo entende que o Plano é "equilibrado" e permite uma "política sustentável" abrindo caminho a quatro anos de expansão mas sempre com a proudência necessária para reduzir os níveis de endividamento. 

Os Vereadores do Partido Socialista votaram contra a proposta de Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2018 apresentada pela maioria PSD na Câmara Municipal de Ílhavo.

Defendem que a autarquia continua a funcionar como um “predador fiscal, num contexto de constante aumento das despesas correntes da Câmara, de utilização dos instrumentos fiscais como alimento único e exclusivo da sua tesouraria”.

Além de notarem falta de políticas de aproximação aos eleitores, os socialistas dizem que documentos estratégicos como o Plano Director Municipal “estão ainda por sair do papel”. A título de exemplo, os Vereadores relevaram a inexistência de aprovação dos “inúmeros planos de pormenor previstos que resultariam em diversas vantagens para a valorização do território e para o crescimento da economia”.Entendem também que o Município “já vai atrasado no reforço da sua capacidade de intervenção social e este Plano e Orçamento não é documento que pretenda calcorrear esse caminho”.

“O ambiente e a valorização do património natural, designadamente a Ria de Aveiro, são desafios esquecidos, a conclusão da rede de saneamento exige ainda um enorme esforço financeiro, pelo atraso irresponsável do PSD nesta matéria, que condiciona o fôlego financeiro do Município para investir na sua modernização, no desenvolvimento económico do concelho e em políticas de promoção da coesão social”.

“Os Vereadores do PS entendem que Plano e Orçamento é uma oportunidade perdida e a demonstração da incapacidade desta Maioria de se entusiasmar e de aportar energia suficiente para criar um verdadeiro paradigma de desenvolvimento sustentável”.