“Na política há muita badalhoquice” - Domingos Cerqueira.

2015-10-14 11:05

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Domingos Cerqueira admite que não gostou da forma como PSD e PP promoveram a escolha de candidato para as autárquicas de 2013. O antigo vereador no Executivo de Alberto Souto afirma que não é adepto das "transferências" na vida política com os autarcas a mudarem de concelho para concelho. Aos 79 anos e num registo que o caracteriza, Domingos Cerqueira diz que os Municípios devem ter a capacidade de encontrar respostas dentro da sua área.

“Não entendo estes processos. Tenho a certeza que há em Aveiro muita gente capaz de ser presidente de Câmara de Aveiro, com sucesso e sem necessidade de ir buscar alguém. Não entendo esta promiscuidade e não vi com bons olhos essa transferência para que o engenheiro Ribau Esteves continuasse a ser presidente de alguma coisa, nomeadamente da CMA. São caminhos com os quais não concordo mas aceito. Como presidente da Câmara da minha terra tem o meu respeito e estou disponível para ajudar no que seja preciso”.

Sobre a forma como os mandatos de Alberto Souto foram julgados, admite que o peso das obras talvez tenha sido concentrado em 8 anos quando exigiria um esforço mais alargado. Ainda assim, diz que o autarca eleito pelo PS fez essa "aposta ambiciosa" empenhado na valorização do Município e preparado para controlar as contas no terceiro mandato que não chegou a cumprir.

Dos tempos que se seguiram, o antigo vereador que “nasceu” no PP, passou pelo PSD e acabou como vereador ao lado de Alberto Souto, em executivo de maioria PS, diz que deveriam ser tempos dedicados a cuidar da obra feita. 

“Gastou-se muito dinheiro em obras importantes que se fizeram rapidamente. Não foi despesismo. Ele queria que a terra dele avançasse rapidamente. Se calhar depressa demais. Fizeram-se imensas coisas. Agora não devíamos deixar degradar o que se fez ou destruir o que se fez”.

Domingos Cerqueira entrevistado no programa “Conversas”, esta quarta, às 19h, diz que o livro biográfico que lançou, recentemente, procura esclarecer posições e toda a história de 79 anos para evitar equívocos e corrigir erros de leitura nomeadamente sobre as mudanças verificadas nos blocos políticos que representou. Uma aposta que visa sobretudo a carreira política onde diz ter encontrado muita sujidade (com áudio).