JS apresenta manifesto autárquico e defende criação de Centro de Interpretação da Ria de Aveiro.

2021-06-07 08:07

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A Federação Distrital de Aveiro da Juventude Socialista lançou, este fim de semana, em Dia Mundial do Ambiente, o Manifesto Autárquico Jovem 2021.

Documento que resulta do trabalho de proximidade com as novas gerações e as associações do distrito de Aveiro.

Esta agenda jovem para a Região pretende “promover e acelerar o compromisso de todos os responsáveis políticos autárquicos com as causas da nossa geração, nos domínios das políticas de juventude, da educação, qualificação e emprego, da habitação, coesão territorial e sustentabilidade ambiental, bem como da igualdade e dos direitos sociais”.

No âmbito das políticas autárquicas de juventude, os jovens socialistas do distrito de Aveiro propõem a concretização e funcionamento dos Conselhos Municipais de Juventude, a celebração de contratos-programa de financiamento regular às associações, o acesso gratuito a formação desportiva e/ou artística, para crianças e jovens até aos 18 anos, provenientes de agregados socioeconomicamente vulneráveis, a implementação de Casas Municipais da Juventude e a criação do Programa “Diálogo jovem”, um processo participativo no qual os jovens e os decisores políticos discutem e elaboram em conjunto recomendações políticas.

Relativamente às questões da educação, qualificação e emprego, a JS Distrital propõe a gratuitidade dos transportes escolares durante o ensino obrigatório, a organização de feiras de emprego e oportunidades nas escolas, em sinergia com os agrupamentos, como mecanismo de apoio à orientação na carreira, a criação de programas de estágios municipais, em colaboração com empresas locais para incentivar a qualificação e fixação dos jovens e a criação de uma atividade de enriquecimento curricular que inclua no programa os temas da literacia para a política, cidadania, participação cívica e democracia - “Democracia é connosco!”.

A habitação, a coesão territorial e a sustentabilidade ambiental são eixos prioritários da ação política da próxima década e a agenda tem propostas.

A JS defende que as autarquias mobilizem o património do Estado devoluto dentro dos seus territórios para, assim, aumentarem o Parque habitacional público, designadamente para os mais jovens (por exemplo, através da criação de uma Bolsa de Imóveis para jovens), que procedam ao alargamento da rede MOBI.e a todas as freguesias dos diferentes concelhos, que firmem o «Compromisso 2030», onde até 2030 garantam rede de saneamento e água em 100% dos seus territórios, que criem uma campanha de distribuição gratuita de ecopontos domésticos e de sacos reutilizáveis para utilização na indústria de retalho alimentar a todas as famílias, que promovam o “Programa Zero”, de implementação de áreas de retenção de carbono, através, por exemplo, da plantação de árvores, para compensar as emissões de carbono produzidas pelos cidadãos e indústria local, diariamente, e que se incentive a instalação de um Centro de Interpretação da Ria de Aveiro, dando a conhecer o passado e a história das comunidades piscatórias.

Já quanto à dimensão da igualdade e dos direitos sociais, a Distrital de Aveiro da JS propõe o fornecimento gratuito de um kit de produtos sustentáveis de higiene íntima feminina (copo menstrual, pensos higiénicos reutilizáveis, entre outros) e o investimento na instalação e equipamento, em parceria com as entidades de saúde, de gabinetes de medicina dentária, entre outros, bem como o apoio à aquisição de fármacos de preço excessivamente elevado e essenciais ao tratamento de patologias crónicas, que sejam incomportáveis para as famílias com rendimentos mais baixos.

Para Joana Sá Pereira (na foto), Presidente da Federação de Aveiro da JS, são ideias em nome de um contrato de confiança.

“Se queremos reforçar o contrato de confiança entre eleitores e eleitos temos a obrigação de apresentar medidas concretas, que são particularmente importantes para os jovens, e de as executar. Queremos construir comunidades onde qualquer jovem possa viver, realizar-se e ser feliz. Cabe aos projetos progressistas responder às preocupações das novas gerações e envolvê-las na construção de uma sociedade mais livre, justa e sustentável”.