João Almeida deixa grupo parlamentar do CDS.

2021-11-02 10:34

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João Almeida deixa o Grupo Parlamentar do CDS-PP e junta-se ao coro de protestos pela forma como Francisco Rodrigues dos Santos está a conduzir o Partido Popular.

O deputado eleito por Aveiro assume que já tinha decidido sair do Palamento e não esconde que há divergências profundas pela forma como se está a desenhar o próximo ciclo eleitoral.

Lamenta o adiamento do congresso do partido onde preferia manter os debates que estão a passar pela rede social.

“Já tinha decidido e anunciado que não integraria as listas nas próximas eleições e que o meu percurso parlamentar estava encerrado. Gostava de sair e ver o CDS crescer, a direita a afirmar-se e de ter orgulho em quem me substituísse. Temo que não seja possível. Infelizmente, o actual CDS não tem nada a ver com o que me trouxe à política. Falta ética, falta carácter e falta substância”.

Jorge Pato, antigo líder distrital e atual vice presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, reforça o lamento pela saída de militantes e a perda de força do PP.

“Compreendo os que saem. É muito difícil assistir de forma impotente, à degradação contínua do CDS. Mas sair significa desistir de lutar. E portanto, só ficando poderemos contribuir para libertação do Partido. As minhas convicções não mudaram. É este partido que representa melhor aquilo em que acredito. É no CDS que continuarei a lutar por um Portugal melhor. Com mais ou menos demora voltaremos a fazer do CDS, um partido respeitado e útil à democracia portuguesa”.

O PP tem peso eleitoral no distrito de Aveiro com a presença nos executivos de Oliveira do Bairro, Albergaria e Vale de Cambra e no executivo de Aveiro como membro da coligação que governa o Município.

O cenário de eleições legislativas antecipadas veio agitar a vida de CDS e PSD com desafio interno às atuais lideranças de Francisco Santos e Rui Rio.

No caso do PP, o conselho nacional aprovou o adiamento do congresso eletivo para depois das Legislativas, previsto para 27 e 28 de Novembro, em Lamego, mas a decisão está a ser contestada por Nuno Melo, candidato assumido à presidência do PP.