"Empresas de pesca sobrevivem com recurso à compra de quotas" - Valdemar Aveiro.

2016-09-07 11:18

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Uma vida de mar e dedicada à gestão de uma embarcação da pesca longínqua levam Valdemar Aveiro a criticar a classe política que fala da economia marítima mas que não defende o setor.

Esta a leitura de um antigo capitão que gere o navio "Coimbra", embarcação histórica da frota da Gafanha da Nazaré. Diz que as limitações à pesca continuam assentes em pareceres e numa distribuição de quotas que é difícil aceitar (com áudio).

Apesar do surgimento de investidores holandeses que adquiriram a frota do armador Silva Vieira, Valdemar Aveiro não acredita em tempos novos na pesca na Gafanha da Nazaré mas antes na possibilidade de criar um “balão de oxigénio”. Em entrevista ao programa “Conversas” (19h) falou da paixão pelos livros e pelo mundo da pesca longínqua.

Os encargos com o aparelhamento dos navios e a falta de quotas surgem como obstáculos ao desenvolvimento das pescas. Em alta continua a procura por parte de jovens que procuram no mar um futuro. “Recebo muitos pedidos e a todos procuro dar resposta”.

“É ilusório pensar que se ganha bem se as pessoas dividirem o que ganham no ano por 12 meses e não por três. Tenho ouvido muitas bacoradas. As empresas vão sobrevivendo mercê de uma série de estratagemas, legais, como a compra de quotas a países a quem são dadas quotas e não pescam”. 

foto: Etelvina Almeida