Candidato do PS à Junta da Gafanha da Encarnação vê obra "eleitoralista mal feita" na Bruxa.

2017-08-03 21:47

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O candidato do PS à presidência da Junta de Freguesia da Gafanha da Encarnação avalia a obra de requalificação do Largo da Bruxa, prestes a ser inaugurada pela Câmara Municipal de Ílhavo, como uma intervenção que “tem ainda muito por explicar, feita à pressa com objetivos eleitoralistas, de gosto duvidoso e com objetivos difusos de intervenção urbanística”.

Recorda a existência do Cais da Barca e defende a reedificação daquela estrutura centenária e património histórico da Gafanha da Encarnação. “Se outros não o fizeram, nós cá estaremos para lutar pelo que é nosso.”

O candidato autárquico considera que está ainda por compreender pela esmagadora maioria da população “por que razão se ergueram aqueles muros no local mais emblemático da Gafanha da Encarnação, sem qualquer benfeitoria ao local, à população local ou às gentes que o visitam”.

Sérgio Magueta entende que sem “justificação plausível” ficou tapada a vista para a Costa Nova tomada como “a mais bonita do nosso concelho”.

“Uma obra que ascende a 340 mil euros que não serve qualquer propósito, para além do óbvio, procurar mostrar-se obra feita. Numa freguesia que não tem saneamento básico na grande maioria das suas ruas”, afirma Sérgio Magueta.

Acrescenta ainda que “aquele local, depois de requalificado, permanecerá com estrangulamentos ao nível do estacionamento, sendo-lhe acrescentada outra insuficiência provocada pela rotunda ali instalada que coloca mais problemas do que soluções à fluidez do trânsito”.

Sérgio Magueta releva ainda que “as pinturas e os acabamentos surpreenderam mais ainda a população” e teme que se levantem questões de segurança no futuro.

“Colocaram-se umas guardas que, embora não sejam obrigatórias, revelam novamente uma má decisão: são escaláveis. Acrescentam um perigo potencial de as crianças as poderem subir, desequilibrarem-se e, aí sim, poderem ser protagonistas de acidentes que não ocorreriam se as guardas não existissem. Há que salientar que aquela estrutura seria ilegal se instalada numa varanda de uma habitação. Ali não faz mesmo sentido”.