Câmara de Aveiro pede a António Costa "mão" para garantir investimento de fábrica de celulose.

2016-10-25 09:44

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A Câmara de Aveiro envia o recado ao Governo. Pede uma solução equilibrada quanto aos termos do licenciamento da produção de eucalipto como forma de não inviabilizar os investimentos no setor da celulose. Em causa as posições de partidos que suportam a maioria de Esquerda e que pretendem novas políticas com restrições à plantação de eucaliptos.

O autarca de Aveiro assume que tem alertado António Costa para a necessidade de encontrar uma solução “equilibrada” entre os diferentes interesses no momento em que os incêndios de Verão vieram trazer mais pressão sobre as áreas de eucaliptal com a nova Fábrica de Cacia, destinada à produção de papel de uso doméstico, a ficar em dúvida (com áudio).

A empresa tem na matéria-prima um fator de peso para decidir concretizar esse investimento na fábrica de papel de consumo doméstico e Ribau Esteves lembra que se trata de uma empresa exportadora com cerca de 3 mil empregados nas suas unidades.

Sob o pretexto da celebração dos 3 anos de tomada de posse, Ribau Esteves foi a Cacia mostrar o arranque da obra da variante que fará a ligação à Fábrica e ao centro da freguesia a partir da EN109.

O autarca de Aveiro fala do investimento municipal de 1,2 milhões na construção da variante que deverá estar concluída em 2017. O arruamento que, hoje, faz essa ligação será depois reservado apenas para uso da Fábrica.

A Fábrica de Cacia The Navigator Company está destinada a produzir 240.000 toneladas por ano num investimento de 420 milhões de euros e que poderá criar cerca de 300 novos postos de trabalho.

O autarca reafirmou, em Cacia, que está pronto para se apresentar a eleições em 2017 como ponte para um novo ciclo na autarquia. Diz que o primeiro mandato fica marcado pela reorganização financeira e administrativa e que há dossiês marcantes na agenda para os próximos anos.

"Foram anos de verdadeira reforma mas é uma dinâmica que tem muito para ganhar até chegar à velocidade de cruzeiro. É necessário um segundo mandato".