Autarca de Oliveira de Azeméis diz que não há condições para resgatar concessão da água.

2020-10-10 09:55

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A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, pela voz do seu Presidente, reage à manifestação sobre os preços da água.

Joaquim Jorge diz compreender os motivos e lembra que é solidário mas reconhece que “um dos maiores problemas do Concelho era - e é - a baixa cobertura das redes de abastecimento de água e de tratamento das águas residuais”.

Assume que nas atuais circunstâncias é impossível resgatar a concessão.

“Entre a demagogia ou o facilitismo, a Câmara Municipal escolhe a responsabilidade e o compromisso”.

Afirma que esse investimento é decisivo para atrair empresas e criar empregos.

“Estas infraestruturas são condição essencial para um desenvolvimento sustentado do nosso território”.

“Dotar todas as freguesias das redes de água e saneamento é uma prioridade inadiável. É um desígnio estratégico que a Câmara Municipal quer continuar a abraçar. Garantir o bom funcionamento das Estações de Tratamento de Águas Residuais é premente. É inaceitável a poluição dos nossos rios”.

Admite que os protestos fazem sentido mas lembra a decisão política exige responsabilidade de cuidar do futuro.

“A Câmara Municipal tem consciência dos elevados custos da água para as famílias e para as empresas, resultantes de um processo iniciado em 2013. Um processo de privatização de bens e serviços essenciais para a população oliveirense, que foi – naquela época - veementemente criticado pelos atuais responsáveis municipais, incluindo o atual presidente da Câmara, considerando-o ruinoso para o Concelho. No presente, tudo está a ser feito para se encontrar as melhores soluções para minimizar o problema. Mas é impensável, no imediato, rasgar contratos com a empresa concessionária, porque tal decisão hipotecaria o futuro do Concelho por muitos anos e afetaria - com especial gravidade - as gerações vindouras”.