Alberto Souto diz que viveu no Governo "experiência gratificante".

2020-09-21 08:21

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Alberto Souto afirma o sentido de dever cumprido com as funções enquanto Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações no XXII Governo Constitucional.

O aveirense que assumiu responsabilidades sobre os portos, aeroportos e as comunicações electrónicas e postais despediu-se do cargo a caminho do Banco de Fomento com nota nas redes sociais.

Revela que viveu “uma experiência muito gratificante” em tempos complexos.

“Neste curto período fomos esmagados pela gestão da pandemia, com projectos adiados, aeroportos vazios, cruzeiros suspensos, distribuição postal afectada, medidas mitigadoras várias, reuniões de Conselhos de Ministros por teleconferência ou no Palácio da Ajuda, Conselho Europeu de Ministros a partir da Costa Nova…”

Alberto Souto afirma que o exercício de governação não é fácil.

“Tentar governar um pouquinho de um país que, como os romanos bem sabiam, não se deixa governar, é um exercício desafiante, civicamente muito compensador mas, também, com muitos inconseguimentos, como diria o Mia Couto. Governar é gerir a esperança e a desilusão. Ficamos sempre aquém dos nossos sonhos e ambições. Não obstante, saio com a satisfação de ter contribuído para a concretização de alguns e para a formatação de outros que ainda virão a aparecer (o novo aeroporto do Montijo e o programa de heliportos hospitalares, a estratégia nacional para o 5G, a tarifa social de internet e o novo Código de Comunicações Electrónicas, o novo Sistema de Cabos Submarinos para as Regiões Autónomas, o novo contrato de concessão dos CTT, a nova dinâmica para os portos)”.

Na semana em que o presidente da Câmara de Aveiro insinuou a existência de perfis diferentes entre o ex-secretário de Estado e o Ministro Pedro Nuno Santos, Souto não deixou de agradecer a experiência e publicar a sua nota de despedida ilustrada por uma fotografia com o Ministro.

“Procurei sempre representar o Governo prosseguindo escrupulosamente o interesse público e, imodestamente, acredito ter prestigiado a acção política, tão vilipendiada e sujeita a tratos de polé ético. Agradeço ao Pedro Nuno Santos e ao Primeiro Ministro António Costa a oportunidade que me propiciaram. Foi uma honra e um privilégio poder ter servido o meu País”.