“A sardinha está em recuperação na nossa costa” - Adelino Palão.

2015-08-26 11:44

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A Comissão de Acompanhamento da Pesca da Sardinha quer falar diretamente com a Ministra da Agricultura e do Mar para pedir um aumento das quotas assim como dos apoios atribuídos nos períodos de interrupção mas diz que o mais importante é ter compromissos assentes para perceber qual será a realidade da pesca da sardinha em 2016. Adelino Palão, da Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro, diz que não são subsídios que salvam a vida de quem depende a vida da pesca (com áudio).

O pedido para a reunião com o Governo que surge com carácter de urgência depois da reunião mantida, ontem, na Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos. As organizações de produtores procuram convencer o Governo a permitir o aumento da quota de pesca de sardinha e querem um debate alargado sobre o regime de cessação temporária das atividades de pesca.

Com respostas já fixadas, não terá havido margem para debate isto porque o Governo definiu compensações durante o período de interdição da pesca de sardinha. “Aqui estamos a tentar manter a atividade por mais um mês. Vamos apostar nas cavalas e nos carapaus. Hoje é difícil ter bons profissionais e não é possível contratar uma companha de 20 homens para trabalhar 3 meses no ano”.

Atingida a quota anual de pesca de sardinha as embarcações estão obrigadas a parar. Nalguns pontos do país é o que está a acontecer e Aveiro vai pelo mesmo caminho. No porto de pesca costeira, na Gafanha da Nazaré, existe a expetativa de garantir mais uma semana de pesca.

“A limitação sempre existiu na lota de Aveiro desde que estamos no plano da comissão de acompanhamento da sardinha. Há 4 barcos grandes e 11 pequenos e temos sabido gerir a quota para que ninguém tenha parado até à data. Temos ainda algumas toneladas para apanhar e temos salvaguardados os barcos mais pequenos que fizeram a safra quase normal e poderão pedir o subsídio a partir de Setembro”.

O Governo alerta para os compromissos internacionais que estão definidos e diz que não há margem para aumento de quota. Os armadores consideram que o stock aguenta o alargamento.