"Em termos estruturais nada foi feito e este quadro não permite reformas porque o Governo está preocupado com a gestão corrente do dia-a-dia”- Paiva Castro.

2018-02-22 08:25

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O presidente da Associação Industrial do Distrito de Aveiro reconhece que os indicadores económicos reforçam a posição do governo com apoio Parlamentar de Esquerda mas diz que é necessário prudência.

Fernando Castro foi crítico da solução encontrada para a governação que levou António Costa ao Governo e mantém reservas sobre ritmos de crescimento e reformas estruturais.

Considera que o contexto ajuda ao crescimento mas diz que o país continua a adiar as reformas necessárias para poder ambicionar ritmos de crescimento mais elevados. Fala de um governo que opta por gerir o dia-a-dia mas sem uma visão reformista de futuro.

“Precisamos de crescer muito mais. Há países nossos clientes que cresceram muito mais do que nós. Crescemos também porque esses países e a economia mundial está a acrescer e estamos a aproveitar a boleia. Os fatores externos, as taxas de juro, a retoma da economia que alavancou as exportações e o bónus do turismo que nos caiu do colo foi uma bênção. Mas em termos estruturais nada foi feito e este quadro não permite reformas porque está preocupado com a gestão corrente do dia-a-dia”.

Fernando Paiva Castro e uma leitura dos patrões sobre a governação de António Costa no momento em que entra na cena política Rui Rio. O responsável pela Associação Industrial afirma que há muito caminho a fazer e que qualquer que seja o Governo tem de preocupar-se com a reforma do Estado e o seu papel na economia (com áudio).