Museu Marítimo de Ílhavo e a Biblioteca Municipal assinalam centenário de Bernardo Santareno.

2020-11-18 11:50

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O Museu Marítimo de Ílhavo e a Biblioteca Municipal comemoram o centenário de Bernardo Santareno.

A propósito do centenário do nascimento de Bernardo Santareno, celebrado a 19 de novembro de 2020, o Museu Marítimo de Ílhavo e a Biblioteca Municipal de Ílhavo vão lançar, entre os dias 19 e 22 de novembro, um conjunto de vídeos nas respetivas páginas de Facebook, que evocam a obra do dramaturgo e médico da frota bacalhoeira.

Durante quatro dias serão lançados dois vídeos por dia (um de manhã e outro à tarde), com leituras de excertos da obra de Bernardo Santareno, alguns dos quais encenados.

“Nos Mares do Fim do Mundo”, encenado por alguns participantes em projetos de teatro de comunidade do Município de Ílhavo; “Heróis do Mar”, encenado por jovens do grupo de teatro Mar Alegre; e poesia, recitada por colaboradores da Câmara Municipal de Ílhavo, são apostas para este ciclo.

Trata-se de uma ação que mobiliza uma Rede Nacional de Parceiros, informal, entre câmaras municipais, museus, universidades, teatros profissionais e amadores, e outras organizações, e também de pessoas a título individual.

Tem como objetivos a produção de obras de criação e ações de divulgação centradas na obra de Santareno, numa iniciativa que teve origem na Escola de Mulheres.

Bernardo Santareno, pseudónimo literário de António Martinho do Rosário (1920 - 1980), é considerado o maior dramaturgo português do século XX.

Licenciou-se em medicina em 1950 e entre 1957 e em 1959 exerceu atividade médica junto da frota bacalhoeira portuguesa na Terra Nova. Esta experiência deu origem, no imediato, a uma coleção de textos escritos em pequenos blocos de notas, que mais tarde resultariam no livro "Nos Mares do Fim do Mundo" (reeditado pelo Museu Marítimo de Ílhavo com a E-Primatur), mas também em algumas das suas mais famosas peças, como "O Lugre" ou "A Promessa".

Bernardo Santareno iniciou-se na escrita como poeta, sendo os seus três primeiros livros coleções de poesia. A partir de 1957, o teatro foi registo de eleição, tendo escrito 15 peças.