Museu Marítimo acolhe estreia da radionovela "o meu amor foi para o mar...".

2020-12-10 09:53

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Seniores do município de Ílhavo envolvidos no projeto de radionovela “o meu amor foi para o mar...” estreiam hoje o trabalho no Museu Marítimo.

Maior Idade e MMMI levam à cena este projeto com apresentações diárias até domingo.

O projeto comunitário "O meu amor foi para o mar...", de José Geitoeira, é uma peça orientada por Jonathan Margarido, adaptada da novela publicada no ano de 1955 no jornal "O Ilhavense".

É uma novela que retrata as gentes do mar, a saudade na partida e a persistência da espera. Gentes que ganham a sua força na fé e a depositam na imprevisibilidade do mar.

Uma rapariga apaixonada, uma mãe preocupada, um pai trabalhador e o anseio comum pelo regresso.

Numa fase inicial, este projeto partiu de momentos de tertúlia e debate, com a partilha de memórias da comunidade sobre a pesca do bacalhau e a ria.

Houve ainda lugar a várias visitas a exposições, visionamento de documentários, oficinas e diversas dinâmicas que visaram um aprofundamento dos conteúdos abordados no texto que serviu de base a este projeto.

Fátima Teles, vereadora com o pelouro da Maior Idade, lembra que é um projeto que responde aos tempos de pandemia para manter os seniores ocupados e em segurança (com áudio)

No Fórum Municipal da Maior Idade desenvolveram-se os trabalhos artísticos associados ao elenco, às técnicas de teatro-radiofónico, às dinâmicas de teatro e aos exercícios de canto e expressão corporal.

Numa fase posterior, iniciada em setembro, foi lançado o desafio à participação da comunidade, aberta a pessoas dos 9 aos 80 anos com interesse na música e no teatro.

O resultado foi a criação de uma banda para perpetuar a mensagem do autor, criando músicas inéditas com base nos seus poemas.

As composições dos temas estão a cargo do músico e compositor Fábio Rocha, sob a orientação de Inês Imaginário.

Os elementos cenográficos e os figurinos das personagens foram construídos por 35 costureiras da comunidade sénior, que ao longo de vários meses utilizaram técnicas como o macramé e o bordado.

 

 

Foto: Bruno Soares