Ílhavo: Projeto comunitário "O meu amor foi para o mar..." estreia no dia 10 de Dezembro.

2020-12-07 07:48

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Maior Idade e Museu Marítimo Ílhavo preparam-se para apresentar, nos dias 10,11,12 e 13 de dezembro, no Museu Marítimo Ílhavo, o projeto comunitário "O meu amor foi para o mar...", de José Geitoeira.

Trata-se de uma peça orientada por Jonathan Margarido, adaptada da novela publicada no ano de 1955 no jornal "O Ilhavense", e que envolve cerca de 70 pessoas.

"O meu amor foi para o mar..." é uma novela que retrata as gentes do mar, como marujos e tricanas. Estes sentem a saudade na partida e enfrentam a persistência da espera. Gentes que ganham a sua força na fé e a depositam na imprevisibilidade do mar.

Esse mar que tanto tira como dá. Uma rapariga apaixonada, uma mãe preocupada, um pai trabalhador e o anseio comum pelo regresso.

A tragédia e a bonança deste povo de força que moldou o Ílhavo de agora.

Numa fase inicial, este projeto partiu de momentos de tertúlia e debate, com a partilha de memórias da comunidade sobre a pesca do bacalhau e a ria: os trabalhos, as vivências e o retrato social da época. Houve ainda lugar a várias visitas a exposições, visionamento de documentários, oficinas e diversas dinâmicas que visaram um aprofundamento dos conteúdos abordados no texto que serviu de base a este projeto.

No Fórum Municipal da Maior Idade desenvolveram-se os trabalhos artísticos associados ao elenco, às técnicas de teatro-radiofónico, às dinâmicas de teatro e aos exercícios de canto e expressão corporal que culminarão na apresentação da peça.

Numa fase posterior, iniciada em setembro, foi lançado o desafio à participação da comunidade, aberta a pessoas dos 9 aos 80 anos com interesse na música e no teatro.

O resultado foi a criação de uma banda para perpetuar a mensagem do autor, criando músicas inéditas com base nos seus poemas.

As composições dos temas estão a cargo do músico e compositor Fábio Rocha, sob a orientação de Inês Imaginário.

Os elementos cenográficos e os figurinos das personagens estão a ser construídos por 35 costureiras da comunidade sénior, que ao longo de vários meses utilizaram técnicas como o macramé e o bordado.