Utentes de serviços públicos falam em “degradação permanente” e “progressiva privatização de direitos fundamentais”.

2020-01-29 08:06

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Os Utentes e as suas Comissões dos Serviços Públicos da Região de Aveiro, reunidos em Aveiro no passado fim de semana criticam o Orçamento do Estado por entenderem que apresenta medidas “claramente insuficientes”, frustrando expectativas”.

Saúde e educação são algumas da áreas em foco. Os utentes falam em “degradação permanente” de serviços e “progressiva privatização de direitos fundamentais”.

Esse movimento afirma que o reforço da dotação orçamental da saúde em 941 milhões de euros é insuficiente, defende o fim imediato das Taxas Moderadoras; reabertura das unidades de proximidade encerradas; reabertura das Urgências do Hospital Visconde de Salreu e Hospital de Espinho; reposição da Urgência Cirúrgica no Hospital de S. João da Madeira; investimento na rede de cuidados primários e de Serviços de Atendimento Permanente; investimento na rede de cuidados especializados a pessoas com comportamentos aditivos e dependências bem como reforço de recursos humanos; investimento em infraestruturas novas e em equipamentos em falta, como meios de diagnóstico e análises clínicas; requalificação de infraestruturas que apresentam problemas; transportes dignos de doentes às consultas de especialidade e aos tratamentos; aumento e alargamento da rede pública de Cuidados Continuados e Paliativos; articulação dos cuidados de saúde, garantindo qualidade e proximidade.

Na educação, dá prioridade à melhoria de equipamentos e instalações e recrutamento de profissionais necessários à garantia da prestação de um serviço educativo de qualidade.

Na mobilidade reclama a abrangência de toda a região de Aveiro por passes intermodais que cubram todos os operadores que intervêm na região, com gratuitidade para os menores de 12 anos bem como descontos para a população sénior e as famílias; fim de todas as portagens das ex-scuts da região e diminuição das portagens da A32; modernização e requalificação da Linha do Vouga, de forma a criar a oportunidade para a regeneração urbana ao longo do corredor desta infraestrutura (Águeda, Albergaria, Oliveira de

Azeméis, S. João, Feira e Espinho).

A reabertura de todas as Estações e de todos os Postos de Correios e a reversão dos CTT ao sector público do Estado, a redução do IVA para 6% no consumo de eletricidade, do gás natural e de botija e a criação de uma Rede Nacional de Serviços de Apoio à Terceira Idade surgem na resolução aprovada que defende ainda o fim da transferências de competências para as autarquias, nomeadamente na área

da Saúde, Educação e Ação Social.