UA assinala aniversário da Livraria Lello com programação sobre “segredos musicais”.

2019-01-11 09:45

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A Livraria Lello, no Porto, festeja o113º aniversário sob o signo do Fado com a inauguração, a 13 de janeiro, das mostras “A Severa Que Vocês Não Viram” e “Porto 1900: as primeiras expedições de gravação em Portugal”.

Organizadas pela Universidade de Aveiro (UA), as mostras vão desvendar pela primeira vez ao grande público peças do espólio da Academia associados à figura da Severa e a primeiros discos gravados na Invicta em 1900.

Para além das mostras, patentes até 28 de fevereiro no espaço da Livraria Lello, os festejos de aniversário da centenária livraria incluem ainda uma mesa redonda sobre o tema “O Porto, o Fado e outras Músicas”.

Na conversa promovida pela UA a partir das 16h30 vão estar presentes o musicólogo Rui Vieira Nery, a etnomusicóloga e docente da UA, Maria do Rosário Pestana, o diretor da editora Tradisom José Moças e o divulgador musical e docente Jorge Castro Ribeiro.

“Não poderíamos estar mais satisfeitos por ver associado o nome da UA e de alguns dos nossos doadores, como o autor e compositor Frederico de Freitas, o ‘violeiro’ Joaquim Domingos Capela e o especialista José Moças, às comemorações do aniversário da Livraria Lello”, congratula-se Alexandra Queirós, Vice-reitora para a Cultura e a Vida nos Campi.

“Poder divulgar o nosso acervo em parceria com a Livraria Lello, que nos enche o imaginário, quer pela sua beleza arquitetónica, mas acima de tudo pelo seu saber livreiro e pela sua importância na divulgação e preservação de cultura, é um motivo de enorme orgulho para a UA, que ao chegar ao seu quadragésimo quinto aniversário se associa a uma instituição centenária como a Livraria Lello”, afirma a responsável.

A UA desvenda um pouco dos bastidores da gravação musical e cénica do que é considerado o primeiro fonofilme de realização portuguesa “A Severa”, de Leitão de Barros (1931), dedicado à hipotética biografia de uma figura central da história do fado em Portugal - Maria Severa Onofriana.

Através de um conjunto de peças do acervo do compositor e maestro Frederico de Freitas (1902-1980), que integra partituras, discos, fotografias, e outros documentos originais, destaca-se a importância do filme na construção de um reportório que se emancipou do compositor, Frederico de Freitas, e que foi apropriado como património cultural e de memória, no quadro da música popular portuguesa.

Esta mostra, patente até 28 de fevereiro, é complementada pela aplicação “Severa de Bolso” que possibilita a interação com esse universo e pela apresentação do cartaz original do filme, cedido pela Cinemateca Portuguesa.

Esta sequência de eventos será pontuada pela participação musical da fadista Patrícia Costa.

 

Texto: UA