Pompílio Souto teme efeitos negativos da ampliação do Hospital em zona central.

2019-12-02 16:00

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Pompílio Souto desafia os parceiros da plataforma que trabalha pelo centro académico clínico de Aveiro a explicarem o projeto e as virtudes da ampliação do centro hospitalar.

O arquiteto que coordena a Plataforma Cidades, entidade que fomenta o debate público sobre projetos de interesse regional, considera que tarde esse esclarecimento.

Na mensagem dirigida a José Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro; Paulo Jorge Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro e Margarida França, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, o arquiteto define o alargamento do hospital como “iniciativa inegavelmente controversa”.

Ainda segundo Pompílio Souto, a dimensão e custo dessa operação, os impactos e exigências que a localização desse Complexo pressupõem, devem merecer o conhecimento e apoio dos cidadãos.

Reconhecendo as limitações das atuais instalações e o atraso estrutural, a Plataforma Cidades entende que não se podem precipitar decisões.

Sobretudo para perceber a sustentabilidade futura da decisão a tomar.

“A situação existente na zona de intervenção e o que para ela se prevê, sugerem que poucas, ou nenhumas dessas condições se verificarão, ao que acresceria a canibalização de um importante troço da Cidade consolidada, seja pela desmesurada dimensão da zona monofuncional que aí se estabeleceria, seja pelo enorme acréscimo de tráfego mecânico e de poluição que isso geraria”.

Teme que falta de habitação numa área de serviços que tendencialmente se pode tornar mais despovoada.

E chama a atenção para a falta de capacidade de escoamento de tráfego com mais “engarrafamentos” , menos “permeabilidade do tecido urbano” e aumento de “riscos acrescidos à circulação pedonal e ciclável” entre vias de grande tráfego e áreas comerciais.

São razões que levam Pompílio Souto a definir como “imperioso” justificar o que já se fez no pressuposto da operação.

“A pressa no pensar e decidir, e a ansia de fazer e construir, até poderão compreender-se e unir-nos desde que se demonstre a bondade geral e especifica dos resultados”.

 

Foto: Diário de Aveiro