Murtosa assume recuperação do edifício do Centro Recreativo Murtoense.

2019-09-28 08:19

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A Murtosa avança para a requalificação do Centro Recreativo Murtoense.

Um dos mais emblemáticos espaços culturais da Murtosa, com quase 90 anos de idade, vai ser alvo de recuperação por parte do Município da Murtosa, num investimento de mais de 465 mil euros.

A assinatura do contrato de reabilitação do Centro Recreativo Murtoense teve lugar, na passada terça-feira, nos Paços do Município.

A empreitada foi adjudicada pelo valor de 465.570,16€ e tem a pretensão de dotar o edifício de melhores condições de funcionamento, recuperando as caraterísticas essenciais do imóvel, através da eliminação ou correção um conjunto de alterações que lhe foram sendo introduzidas ao longo dos anos.

O histórico imóvel, na atualidade propriedade da Câmara Municipal, foi mandado construir pela direção do Centro Recreativo Murtoense para sua sede e para teatro-clube, em 1929.

O projeto foi idealizado por J. Villar, tendo o espaço sido inaugurado no dia 27 de setembro de 1931.

No âmbito da intervenção será feita a recuperação da tela, que encima o palco da sala de espetáculos, sobre a temática da “Arte Xávega”, pintada, em 1950, pelo conceituado artista plástico Murtoseiro Dimas Macedo, já falecido, naquele que foi, provavelmente, um dos primeiros testemunhos artísticos públicos do criador.

A Câmara Municipal da Murtosa, na qualidade de entidade proprietária e gestora do espaço, tem a pretensão de manter o edifício na esfera do serviço público, “através da sua alocação ao desenvolvimento das políticas culturais e formativas da autarquia, possibilitando, ao mesmo tempo, que a coletividade aí instalada continue a desenvolver a sua atividade”.

Após a reabilitação, o edifício integrará a rede de dinamização integrada e polinucleada de formação artística para as crianças e jovens do concelho, alargando o espetro de disciplinas oferecidas já hoje, pela Oficina de Artes.

Pretende-se, desta forma, distribuir por um conjunto de espaços municipais reabilitados a panóplia de disciplinas artísticas, “especializando”, de certa forma, cada um dos imóveis, através da criação de condições técnicas para o acolhimento das valências respetivas, como já acontece atualmente com a música e a pintura na Oficina de Artes.