Movimento ciclável defende prioridade à revolução cultural.

2016-11-18 10:50

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Mais investimento mas sobretudo mudança cultural para levar os cidadãos a pedalarem mais nas cidades portuguesas. A mensagem fica do primeiro dia do encontro internacional "Cientistas pelo Ciclismo" (Scientists for Cycling).

Três dias de debates com 50 palestrantes de vários países na Universidade de Aveiro. O arranque fica marcado pela mensagem do presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

O aveirense Eduardo Feio esteve na Universidade de Aveiro para defender a importância de ir dando corpo a projetos que de forma integrada possam facilitar o desenvolvimento da mobilidade sustentável (com áudio).

Neste encontro de Aveiro participam académicos da Bélgica, Brasil, Alemanha, Espanha, França, Grécia, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos.

Margarida Coelho, da equipa científica que preparou o encontro, explica que hoje será apresentado o estudo desenvolvido pelo departamento de engenharia mecânica da UA, sobre sinistralidade. Um trabalho que contou com o apoio da PSP. Superar os receios do uso da bicicleta nas cidades é um dos fins de um encontro que reconhece os avanços nos estudos científicos mas a baixa prática nas estradas nacionais.

“Acho que é mais do que tudo uma questão de cultura para que as pessoas se habituem a utilizar a bicicleta. Não acho que Aveiro seja uma cidade boa ou fácil de ciclar. Temos terrenos plano mas há muito a fazer. Ílhavo e Murtosa são referência nacional mas na cidade de Aveiro sente-se muita insegurança das pessoas. Mas vontade há”.

O uso da bicicleta, as alterações climáticas, o aquecimento global e as políticas públicas nesta área estão no centro da reflexão promovida pela Federação Europeia de Ciclistas, Universidade de Aveiro, Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas (Abimota) e Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro.