Exposições assinalam Dia Internacional dos Institutos Confúcio.

2018-09-19 13:55

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Numa iniciativa conjunta da Embaixada da República Popular da China em Portugal e do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro (IC-UA), a exposição “Uma Faixa, uma Rota”, que já esteve na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, estará no edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro (UA), com inauguração a 25 de setembro e perante a presença do Embaixador da China e do Reitor da UA.

Nesse dia, ás 14h30, haverá “Dança do Dragão”, pelo Yin Long Demo Team (equipa de Artes Marciais do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro), intervenções do Reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, e do Embaixador da República Popular da China, Cai Run.

Segue-se a entrega dos prémios do Concurso “Uma Faixa, Uma Rota” e a inauguração da Exposição.

Numa outra mostra promovida pelo IC-UA e Museu de Aveiro/Santa Joana, patente neste museu de 21 de setembro a 14 de outubro, expõem-se 24 peças de bronze associadas a cerimónias e rituais, de diferentes épocas da China antiga, algumas de datando de mil anos antes de Cristo.

Ambas as iniciativas assinalam o Dia Internacional dos Institutos Confúcio, 28 de setembro.

A iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", originada a partir do legado da antiga Rota da Seda, dirige-se a países Asiáticos, Europeus e Africanos, e visa construir uma rede que interligue estes continentes. Mais de 100 países e organizações internacionais têm apoiado e participado, de forma dinâmica, nesta iniciativa. Baseando-se no princípio de crescimento mútuo através de diálogos e cooperações, a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota" tem como objetivo impulsionar um desenvolvimento conjunto entre os países e regiões ao longo da rota, assim como promover a construção de uma comunidade de interesses e destinos partilhados.

A iniciativa, avaliada em 900 mil milhões de dólares, contempla a construção de uma rede de portos, estradas, caminhos-de-ferro, oleodutos e gasodutos, centrais elétricas e outros projetos de desenvolvimento de infraestruturas entre as regiões, criando assim a zona económica mais extensa do mundo.

Portugal é o ponto de partida da antiga Rota Marítima da Seda na Europa. Atualmente, a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota" tem proporcionado novas oportunidades para a cooperação pragmática entre a China e Portugal em vários domínios. Nesta nova era, as relações China-Portugal ganharão, certamente, um renovado vigor, de modo a permitir que os dois países venham a construir uma plataforma de "cooperações e benefícios mútuos, e de desenvolvimento e prosperidade comuns".

A proposta de criação de uma nova faixa económica e de uma rota marítima, que reativem as antigas Rotas da Seda e liguem a Ásia à Europa e a África, foi apresentada pelo Presidente Chinês, Xi Jinping, num discurso no Cazaquistão, em setembro de 2013.

A cerimónia de inauguração da exposição sobre a iniciativa “Uma Faixa, uma Rota” está agendada para 25 de setembro de 2018, às 14h30. São esperados o Embaixador da República Popular da China, Cai Run, e o Reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira. A exposição poderá ser vista até 12 de outubro.

São 24 peças de bronze associadas a diversas cerimónias e rituais, de diferentes épocas da China antiga, que vão estar patentes no Museu de Aveiro/Santa Joana de 21 de setembro a 14 de outubro. Trata-se de uma coleção de Paulo Sá Machado, que tem vindo a circular pelo país e se apresenta agora em Aveiro por iniciativa do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro (IC-UA) e do Museu.

Um dos exemplos mais curiosos são os vasos Jue, da Dinastia Shang (cerca de 1700 a 1050 a.C.), em forma de U e suportados por três pés, vasos rituais para vinhos que derivam de um protótipo Neolítico de terracota. Constituem os mais antigos recipientes de bronze destinados a oferendas.

Num artigo de W. Speiser e E.V. Erdberg-Consten (“Extremo Oriente”, (Lisboa: Verbo, 1969), citado pelo comissário da inicitiva, Paulo Sá Machado, explica-se: “Os bronzes sagrados da Antiguidade Chinesa oferecem apenas um limitado conjunto de tipos e de formas. Desprende-se deles uma grande força, que torna diretamente percetível o significado religioso e que frequentemente dá uma impressão de monumentalidade fascinante”.

A exposição é composta por 24 peças de bronze, dos tipos Gui, Gu, Jue, Ding, He, Xu, Yi, FangYi, Xu e BosHanLu. Peças usadas nas dinastias Shang (cerca de 1700 a 1050 a.C.), Zhou (1045-771 a.C.) e Han ((206 a.C. a 220).