Empresa de Aveiro em consórcio de inovação tecnológica associada ao campo social.

2019-12-27 13:45

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A Microio assinou a inovação eletrónica da plataforma tecnológica inovadora de apoio à gestão estratégica das redes integradas de ação social, nomeadamente cuidados continuados, e à gestão operacional de cuidadores formais e informais.

A Social Cooperation for Integrated Assisted Living (Social) é uma solução que se destaca por fornecer uma informação integrada, desde os estilos de vida à hospitalização ou institucionalização, e à criação de ferramentas e mecanismos para ligação e interação com as várias entidades e intervenientes envolvidos.

Viabiliza a monitorização não invasiva dos idosos, com vista à deteção de ocorrências que possam requerer intervenção, mas também o acompanhamento da respetiva consistência comportamental para identificação de desvios, de outra forma impercetíveis, que podem permitir identificação de declínios de bem-estar ou mesmo de condições de saúde.

Contrariamente a múltiplas soluções individuais que recorrem a sensores e tecnologia para monitorização de pacientes, a plataforma SOCIAL integrou a componente Internet das Coisas (IoT), desenvolvida pela Microio, para uma ampla interoperabilidade do ponto de vista operacional, assegurando também a garantia de privacidade, integridade e confidencialidade da informação pessoal recolhida.

Sob a orientação da International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF), foi definida uma abordagem com quatro tipos de sensores IoT: de consumo elétrico, para aparelhos do dia-a-dia; de contacto, para portas ou janelas; de pressão, aplicável a sofás ou camas; de movimento, para divisões ou locais de passagem; e um ‘gateway’ para ligação e encaminhamento das comunicações à plataforma SOCIAL, juntamente com um módulo de software, de deteção de eventos significativos.

Deste modo, é colocado ao cuidador as ferramentas e mecanismos para a definição de regras de vigilância e de receção de notificações em caso de ocorrência.

“Consideram-se os resultados alcançados muito satisfatórios, pela simplicidade e usabilidade de que se revestem, e pelo respeito e privacidade que conferem aos utentes. Também é promissor a possibilidade que oferecem de acompanhamento e a potencial deteção precoce de limitações. Esta intervenção completa o universo de utentes de sistemas da empresa, adicionando esta faixa sénior, tão carenciada de soluções, aos jovens e ativos”, afirma João Pinho, Administrador da Microio.

O projeto SOCIAL foi desenvolvido no âmbito de um consórcio que envolveu a Microio, a Kentra Technologies, a Digital Wind, a Universidade de Aveiro e o Instituto Pedro Nunes, e contou com o cofinanciamento do COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT em copromoção, com um investimento elegível de 1.731 milhões de euros, correspondendo a 1.065 milhões de euros de cofinanciamento de Fundos da União Europeia (FEDER e FSE).

O projeto SOCIAL foi já alvo de múltiplas publicações científicas com presença em conferências relevantes na área, como a Conference on Health and Social Care Information Systems and Technologies (HCist) e a World Conference on Information Systems and Technologies (World CIST)), e foi apresentado na London Community Care Live 2019.

Atualmente, a instalação da componente IoT está a ser testada na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, no Living Usability Lab.

A Microio nasceu em 1998, na Incubadora de Empresas IEUA, no seio da Universidade de Aveiro com a qual tem mantém, até hoje, estreitas ligações, promovendo a inovação, a criatividade e o conhecimento.

A empresa tem sede em Aveiro e conta com uma vasta experiência e um forte know-how no desenvolvimento de sistemas embutidos, infraestruturas de comunicações e soluções no âmbito da Internet das Coisas, tendo também apostado no desenvolvimento de soluções enquadradas no âmbito das Cidades Inteligentes.

Neste âmbito, tem trabalhado áreas como a mobilidade, poluição ambiental, resíduos e redes de comunicação, procurando disponibilizar soluções tecnológicas que viabilizem maior interoperabilidade, sustentabilidade e qualidade de serviço às cidades e entidades intervenientes, e, consequentemente, maior qualidade de vida aos seus habitantes.

Deste posicionamento, resulta o registo de patentes nacionais e internacionais em várias áreas como pagamentos, comunicações e sistemas.