Dragagem da ria obriga ao rebaixamento da conduta de águas residuais que atravessa os Canais de Mira e de Ílhavo.

2020-02-21 07:44

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A Polis Litoral Ria de Aveiro reforçou meios e tem em pleno a empreitada de Desassoreamento na Ria de Aveiro nos 4 canais principais.

Trabalhos, a norte, no Canal de Ovar, no troço entre a Azurreira e a marina do Carregal, com repulsão dos sedimentos para o mar; e no Canal da Murtosa, em frente à ilha da Gaga, com repulsão dos sedimentos na margem da ria, a poente da Praia do Bico.

A sul, as dragas situam-se no Canal de Mira a sul da Costa Nova, com repulsão dos sedimentos para o mar e no Rio Boco (Canal de Ílhavo), entre as Pontes de Água Fria e de Vagos, com repulsão para uma parcela na margem nascente deste canal.

Continuam ainda as operações de colocação de paliçadas em madeira nos depósitos nas margens da ria, para contenção dos sedimentos dragados, em Ovar, Estarreja, Murtosa e Ílhavo.

Encontram-se também em preparação os trabalhos de rebaixamento da conduta de águas residuais que atravessa os Canais de Mira e de Ílhavo, por forma a permitir o aprofundamento dos canais naquela zona.

Recentemente as intervenções foram reforçadas com mais equipamentos, uma draga que já efetuou testes em frente ao Porto de Abrigo da Torreira e dois equipamentos acessórios para reforço da dragagem e das necessárias contenções marginais em zonas de acentuada erosão.

Recorde-se que esta empreitada - Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico na Ria de Aveiro (também designada por Desassoreamento na Ria de Aveiro) - está em curso desde 23 de abril de 2019, tendo sido adjudicada pela Polis Litoral – Ria de Aveiro ao Consórcio “ETERMAR/MMAS/ROHDE NIELSEN”, pelo valor de 17,5 milhões de euros + IVA.

Está previsto dragar cerca de 1 milhão de m3 de sedimentos nos canais de Ovar até ao Carregal e até Pardilhó, da Murtosa, de Ílhavo (rio Boco), de Mira, no Lago do Paraíso e na Zona Central, numa extensão global de 95 km, cujo objetivo passa também pelo reforço de margens e motas em zonas baixas ameaçadas pelo avanço das águas e da deriva litoral, contribuindo desta forma para a minimização de riscos, especialmente de erosão costeira.

Esta ação é financiada pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, com uma comparticipação de 75%, sendo a contrapartida nacional assegurada pelo capital social proveniente do Estado e pelas Águas do Centro Litoral, no que respeita à estabilização das suas condutas.