Celso Cruzeiro em conferência na UA sobre Maio de 68.

2018-03-20 07:59

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Celso Cruzeiro é o convidado numa palestra sobre o maio de 68. “Antes e depois de Maio de 68: o movimento estudantil português” é o tema do encontro, às 14h30, no Auditório José Grácio (Departamento de Mecânica), na Universidade de Aveiro.

João Celso da Rocha Cruzeiro é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Durante o período da sua formação académica, viveu na República do Palácio da Loucura. De 1966 a 1969 integrou várias estruturas estudantis de luta pela afirmação democrática da Associação Académica de Coimbra, desde o Secretariado do Conselho de Repúblicas à Comissão Pró-Eleições. Foi um dos responsáveis pela publicação do jornal O Badalo, órgão de resistência estudantil ao Estado Novo e, ainda em Coimbra, colaborador das revistas Vértice e Capa e Batina. Em 1969, foi eleito para a Direção da AAC, investido da responsabilidade da atividade cultural daquela associação.

Foi um dos principais dirigentes da revolta estudantil denominada «crise académica de 1969», sobre a qual escreveu, 20 anos mais tarde, um livro intitulado Coimbra, 1969.

Em dezembro de 1974 foi eleito para a Comissão Política Nacional do Movimento de Esquerda Socialista. Começou a advogar em Aveiro em 1975, não deixando nunca de defender causas políticas e sociais.

Em 1980, publicou Afluentes de Abril. Em 1982, fundou, em Aveiro, a Cooperativa de Cinema Grande Plano, que organizou o Festival Internacional de Cinema dos Países de Língua Oficial Portuguesa até 1990.

Em 1995 e 2008 publicou, respetivamente, o romance Não pode ser e a reflexão sobre A Nova esquerda: raízes teóricas e horizonte político. Em 1999, foi agraciado pela Presidência da República, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Subscreveu o manifesto político de fundação do Bloco Esquerda.

Continua, ainda hoje, a exercer a advocacia e a desempenhar um papel relevante nas atividades cívica, política e cultural.