Associação Empresarial de Águeda contesta fiscalidade verde

2015-01-06 14:23

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A Associação Empresarial de Águeda escreveu uma carta ao Primeiro-Ministro a contestar a “Fiscalidade Verde” aplicada aos combustíveis e que acarretou aumentos no início do ano. Como argumentos, os empresários alegam que “o custo do crude baixou drasticamente e esta descida deveria refletir-se numa colossal redução do preço final dos combustíveis, o que não se verificou”; “O custo do transporte de mercadorias deveria ter baixado o que não aconteceu, nem se perspetiva que venha a acontecer”; “Portugal tem, antes de impostos, os preços de combustíveis dos mais elevados da União Europeia”; “Portugal está a atravessar uma grave crise económica e financeira e este aumento da fiscalidade sobre os combustíveis só prejudica a competitividade das PME’s portuguesas nos mercados internacionais”; “Há um diferencial de preço final dos combustíveis em relação à Espanha superior a 10% no gasóleo e 20% na gasolina”; “Há inúmeras empresas de transportes de mercadorias e de passageiros em dificuldades”; “As empresas portuguesas estão a perder competitividade”; “A denominada fiscalidade verde, de verde nada tem e apenas serve para aumentar os impostos em claro prejuízo da competitividade das PME’s portuguesas”.

Ricardo Abrantes quer saber em que investimentos vai ser aplicada a receita suplementar obtida através da “fiscalidade verde”, nomeadamente a resultante do agravamento do preço dos combustíveis, que aumentem a competitividade da economia portuguesa ou melhorem a qualidade de vida do povo português.

“Após todos os sacrifícios que empresas e cidadãos já passaram neste país nos últimos tempos, tudo o que se exija a mais a uns e outros sem contrapartidas imediatas de melhoria das suas condições de competitividade e de vida, respetivamente, não passa de um verdadeiro «saque» aos bolsos dos contribuintes”.

Como forma de compensar os aumentos, os dirigentes da associação empresarial apelam à redução da fiscalidade que incide sobre os combustíveis. Dizem que só assim é possível devolver competitividade às exportações nacionais. “Um gestor que se preze aproveita todas as oportunidades que favoreçam a empresa. Um governante deve fazer o mesmo em relação ao seu País”.