Ulisses Pereira diz que houve falta de cooperação entre os estados-membros com prejuízo na Política Agrícola.

2016-11-09 20:15

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O deputado aveirense Ulisses Pereira defendeu, em Bruxelas, que a falta de cooperação entre os estados-membros e a Comissão Europeia está na origem dos problemas verificados na aplicação dos fundos da Política Agrícola Comum (PAC).

Falando numa reunião interparlamentar para abordar a gestão e aplicação dos fundos comunitários, o parlamentar aveirense eleito pelo PSD sublinhou o “nível de profissionalismo que o setor representa” em Portugal.

Representando a Comissão de Agricultura e Mar, da qual é vice-presidente, Ulisses Pereira deu a reunião como um “passo em frente na construção de uma Europa mais virada para os cidadãos e mais empenhada na melhoria da comunicação entre os estados-membros e a Comissão Europeia”, que classificou como “essencial no âmbito da aplicação dos fundos comunitários no geral, e em particular da PAC”.

“Portugal é historicamente dos estados-membros que menos beneficiou diretamente da PAC, em termos de apoios à produção. Foi sendo o país com menor apoio ao rendimento, no que se refere ao 1º pilar. Contudo, ainda que essa avaliação dependa da metodologia usada, é nosso entendimento que Portugal, do ponto de vista financeiro, tem sido beneficiário, dotando a agricultura portuguesa de transferências e fluxos financeiros cujos efeitos se refletem direta e indiretamente em termos de produção, de inovação, de comercialização e muito mais”.

Para o deputado do PSD, “sem o volume de apoio financeiro ao longo dos últimos 30 anos não teríamos hoje o nível de profissionalismo que o setor representa, nem teríamos uma agricultura viável no nosso território. Teria sido muito difícil ao estado português garantir um nível de apoio financeiro equivalente”.

O parlamentar social democrata sublinhou, no entanto, que “houve problemas na aplicação destes fundos”, um dos quais “reside precisamente na falta de cooperação entre os estados-membros e a Comissão Europeia, ou, talvez, somente, na pouca flexibilidade na procura de soluções práticas”.