PSD defende Rui Dias e crítica posição assumida pela concelhia socialista de Ílhavo.

2015-11-13 19:54

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A concelhia de Ílhavo do PSD, liderada por Carlos Rocha, sai em defesa do seu anterior presidente e mandatário da candidatura “Portugal à Frente”, no distrito de Aveiro, reagindo às críticas do presidente da concelhia Socialista de Ílhavo. Sérgio Lopes não gostou da forma como Rui Dias falou do percurso de António Costa, em artigo publicado no Diário de Aveiro no início do mês, e criticou o facto da crítica estar a ser assumida por um mandatário que é, simultaneamente, assessor jurídico. Revelou-se ainda contra a ideia de que Costa está a tratar da sua sobrevivência política.

As posições têm vindo a extremar-se no país desde a aproximação de PS, BE e CDU para derrubar o Governo e apresentar uma alternativa de Esquerda e o distrito de Aveiro assistiu a uma troca de palavras entre dirigentes locais dos principais partidos, com epicentro em Ílhavo, protagonizada por Rui Dias (PSD) e Sérgio Lopes (PS).

O PSD considera que a ideia passada por Sérgio Lopes de que quem tem telhados de vidro não deve atirar pedras aos outros é um “tiro falhado”. Lembra que Rui Dias suspendeu o mandato na Assembleia Municipal de Ílhavo, onde figurava no quinto lugar da lista do PSD, deixando de auferir qualquer rendimento dessa condição ao contrário do líder do PS que “abandonou” o cargo de Presidente da Câmara de Lisboa.

“Quando assumiu as suas funções de candidato do PS a Primeiro-ministro e líder da oposição, o dr. António Costa manteve-se em funções durante mais de 6 meses como presidente da Câmara de Lisboa que lhe continuou a pagar mensalmente 55% do vencimento do Presidente da República (7.630,30€), ou seja: 4.196,50€ a que acrescem as despesas de representação no valor de 1.222,07€. O que significa 5.418,00€ por mês”.

Para assinalar diferenças, a concelhia Social Democrata diz que Rui Dias “não precisa de tachos políticos” e que António Costa quando decidiu “abandonar o compromisso com os lisboetas” que o tinham eleito Presidente da sua Câmara Municipal “não tinha outra profissão conhecida que lhe garantisse qualquer proveito mensal”.