PS considera “inaceitável” que se opere “um esbulho” ao bolso dos ilhavenses através da cobrança de IMI.

2015-05-13 08:24

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O Partido Socialista de Ílhavo, reunido em Comissão Política Concelhia, esta terça, analisou a situação política, o estado do Município e a actuação da Câmara Municipal de Ílhavo, para concluir que apesar de existirem sinais positivos como a “melhoria no prazo de pagamento a fornecedores, a diminuição da dívida da Câmara, bem como a aproximação da execução financeira ao exercício de previsão aprovado no início do mandato”, há um caminho a percorrer para libertar os ilhavenses da carga fiscal.

Na leitura do PS há correções que ficam ligadas às “obrigações legais constantes da Lei dos Compromissos e da adesão ao Programa de Apoio à Economia Local, ao qual a autarquia se viu obrigada a aderir, na sequência de uma situação financeira aflitiva, dada a dimensão da sua dívida, criada durante a gestão do PSD nos últimos anos”.

A estrutura liderada por Sérgio Lopes não esquece o passado e lembra que “o PSD, quando podia escolher, escolhia sempre sustentar a tesouraria da Câmara às custas das dívidas a fornecedores, às custas de mais endividamento, com base em orçamentos alienados da realidade do país e das dificuldades dos ilhavenses”.

Nota a reserva de 10% do orçamento para pagamento de serviço de dívida, cerca de 2,5 Milhões de Euros, sem que questões como o saneamento básico estivessem devidamente resolvidas. Aponta lacunas como o “caos urbanístico em tantos pontos do concelho”, “más condições de mobilidade entre os diversos pontos do município”, o “abandono da Ria de Aveiro”, a “degradação das zonas industriais” e a “ausência de políticas sociais estruturantes que coloquem a autarquia ao serviço da coesão social do concelho”.

“Os problemas do início do século persistem e já vamos a meio da segunda década”, resume o PS deixando uma nota de desagrado pela carga fiscal em que os ilhavenses estão envolvidos considerando que havia margem para abdicar de receitas do IMI e de IRS.

“O PS/Ílhavo considera inaceitável que, em tempos de dificuldade para tantas famílias ilhavenses, em tempos de tanta inutilidade que a Câmara tem revelado no desenvolvimento do município, o Executivo Municipal liderado pelo PSD opere um esbulho ao bolso dos ilhavenses através da cobrança de IMI, imposto cuja receita em 2014 aumentou cerca de 2 Milhões de Euros, ao passo que a despesa da Câmara Municipal não reduziu substantivamente, muito menos a despesa com os Assessores/Avençados do Executivo”.