Pessoas-Animais-Natureza diz que estacionamento automóvel subterrâneo no Rossio seria “atentado ao progresso”.

2017-09-06 10:07

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O Pessoas-Animais-Natureza dá apoio à posição Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (Ciclaveiro) e revela-se contra a construção de um parque de estacionamento automóvel subterrâneo no Rossio.

Essa posição foi assumida num encontro entre as duas entidades e que abordou as questões da mobilidade. Jorge Morais, candidato à câmara municipal, elogiou o “notável trabalho” do Ciclaveiro na promoção dos modos suaves de mobilidade, manifestando igualmente a sua preocupação perante um eventual estacionamento no Rossio que classifica como “atentado ao progresso”.

As duas entidades manifestam-se contra este projeto que consideram um empreendimento “completamente despropositado”, dado que o “centro da cidade dispõe já de três parques de estacionamento subterrâneos, a menos de cinco minutos a pé do Rossio e com uma taxa de utilização de menos de metade da sua capacidade”.

A entrada de mais viaturas em Aveiro seria geradora de “mais congestionamento de tráfego, mais poluição, menor qualidade do espaço público e mais custos com construção e manutenção de infra-estruturas rodoviárias”, suportadas por dinheiros públicos.

“Criar lugares de estacionamento para automóveis no centro da cidade foi o modelo em vigor até há 20 anos. Actualmente por toda a Europa as cidades com visão de futuro trabalham para criar condições para as pessoas não precisarem de trazer os automóveis para o centro das cidades”, referiu o candidato do PAN.

PAN e Ciclaveiro são unânimes ao considerarem que é “fundamental” melhorar as condições para que as deslocações dentro da cidade e de acesso ao centro se realizem através dos modos ativos ou em intermodalidade com os transportes públicos no perímetro urbano e periurbano, tal como acontece noutras cidades europeias na vanguarda da mobilidade urbana.

“O futuro são menos carros, não mais. Nesta e noutras matérias o atual presidente da câmara é um homem virado para o passado e a cidade precisa de uma visão de futuro que, obviamente, o actual executivo não tem”, concluiu Jorge Morais.