“Penso que nunca tivemos uma situação tão exigente em Portugal depois de eleições” – Eduardo Feio.

2015-10-07 16:11

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No dia em que o Executivo Municipal de Aveiro foi ao agrupamento de escolas de Oliveirinha, com reunião na Escola Básica 2.3, os alunos cumpriram a sua folga semanal na tarde das quartas. Foi sem alunos mas perante alguns professores que os trabalhos decorreram ainda sob égide das Legislativas. Eduardo Feio (na foto), do PS, chamou a atenção para o grau de exigência que o país enfrenta agora que há maioria relativa.

“A situação nacional é exigente. Penso que nunca tivemos uma situação tão exigente. Houve subidas em Aveiro para BE e PS e a Coligação Portugal à Frente esteve em linha com a situação nacional. O Parlamento tem que ser momento de maior democracia do que aquele que tivemos em maiorias absolutas. O normal na Europa é governar em coligações. É prática em quase todos os países. Espero estar errado quanto ao aumento da conflitualidade. Temos um país que enfrenta um nível de exigência e as pontes de diálogo devem manter-se”.

A Coligação PSD/PP da Câmara de Aveiro mostrou-se satisfeita com os resultados. “Achamos que era a melhor proposta. Agora importante é garantir estabilidade. Tem responsabilidades quem ganhou mas também tem quem perdeu”, respondeu Ribau Esteves num primeiro momento dedicado às eleições.

O vereador do PS deixou, ainda, referência à colocação de mesas de voto pela perda de privacidade na Vera Cruz. “A Assembleia de voto, nos Bombeiros, não resultou bem. Estava tudo concentrado em zona central. O melhor é replicar o modelo da José Estêvão junto aos cantos da sala”.

Ribau Esteves antecipa mudança de cenário com o regresso das eleições à escola da Vera Cruz. “O que aconteceu é intolerável. Há presidentes de mesa que querem ver os boletins de voto. Em Janeiro vamos alterar isto. Tomaremos medidas adicionais para que a cena da Vera Cruz não se repita em nome da liberdade e do sigilo”.

No setor da educação, a presença do Executivo em Oliveirinha mereceu elogios pela forma como a educação está ser colocada no centro da ação política. “Realçamos a importância de recuperar o tempo perdido em Aveiro. Queremos ver a revisão da Carta Educativa aprofundada”, resumiu Eduardo Feio

“Finalmente estamos a dar à educação o relevo que a escola merece”, disse Beatriz Reis (Movimento Juntos por Aveiro) que não perdeu a oportunidade de defender a manutenção da Escola Secundária Homem Cristo. “As paredes laterais não foram arranjadas. Penso que um investimento de pouca monta levaria à dignificação do parque escolar”.

O presidente da Câmara enumerou, mais uma vez, os estabelecimentos que estão na lista de espaços a recuperar e não incluiu a Homem Cristo que colocou como responsabilidade do Ministério da Educação. “Temos salas vagas em várias escolas. Uma na José Estevão, 8 na Mário Sacramento e 12 em Esgueira. É compreensível que a Homem Cristo não esteja na lista de prioridades. Quando lá andei éramos 1100 alunos. Agora são pouco mais de 500”.

Paula Urbano (PS) lamentou a ausência de alunos na reunião desta tarde mas Ribau Esteves promete intensificar as ações para despertar o interesse dos alunos que na véspera tinham seguido de perto as rotinas de um presidente de Câmara no âmbito da Semana da Educação. “Abraço a todos os alunos que hoje tiveram coisas mais interessantes para fazer”, desculpou o autarca de Aveiro.

Como novidade foi apresentado o plano para acabar com o arruamento que divide escolas em Esgueira. “Vamos facilitar a integração e partilha de espaços entre a Secundária, a EB e a escola de 1º Ciclo. Será um espaço educativo integrado”.