Partidos políticos de Ílhavo lamentam "subserviência" para com Aveiro. Em causa a saída de José Pina para a 'gestão cultural' aveirense.

2016-02-03 15:03

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Os Partidos políticos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo criticam a opção do Presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, pela contratação de José Pina que liderava o projecto cultural do Centro Cultural de Ílhavo e consideram que Ribau Esteves "mostra o seu ascendente" no Município que liderou durante 16 anos.

Carla Lima, do Bloco de Esquerda (BE), considera que a notícia da mudança "não é positiva" no momento em que o Município de Ílhavo se prepara para a reabertura do Museu da Vista Alegre e conta com o novo edifício Sócio-Cultural da Costa Nova. A Deputada municipal do BE não entende o silêncio em torno do assunto. "O silêncio é lamentável. Levam para Aveiro o Programador Cultural num timing errado. Estão a reabrir espaços culturais e a construir edifícios, em grande dinâmica cultural, e ao mesmo tempo dispensam o Programador para Aveiro, não compreendo isto", referiu.

José Ângelo, do PCP, atribuiu ao autarca de Aveiro a capacidade de continuar a exercer a sua influência em Ílhavo e sugeriu que o líder autárquico aveirense continuasse a recrutar 'profissionais' em Ílhavo. "Há muita gente para ele levar, olhe, a começar pelo Engenheiro Caçoilo", disse. (com áudio)

Sérgio Lopes, do PS, recordou declarações do tempo da Campanha para as Autárquicas de 2013 quando falou da posição de fragilidade de Ílhavo perante o autarca que estava de saída. "Este é um dos sintomas da subserviência a que Ílhavo se sujeita em relação a Aveiro, na defesa dos seus interesses", disse.

Hugo Rocha, do PP, não vê motivo para lamentos. Diz que o mercado na área cultural "funciona exatamente como em qualquer outra área profissional", vincou. Declarações feitas no âmbito do debate político na última edição do programa 'Discurso Direto' na Terra Nova.