Incêndios: PCP diz que é "necessário efectivar e consolidar no terreno as medidas já aprovadas".

2018-10-17 08:01

Categoria: 

Concelho: 

O PCP visita áreas afectadas pelos incêndios de Outubro de 2017.

Inserido na jornada de trabalho nas áreas afectadas pelos incêndios de Outubro de 2017, uma delegação do PCP, que contou com a presença da deputada Diana Ferreira, esteve reunida com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro (CDOS) e visitou uma das empresas atingidas pelos incêndios no concelho de Vagos.

No encontro com o CDOS foram levantadas algumas preocupações em torno da “alteração da paisagem no distrito”, com áreas florestais, cada vez maiores, em que a espécie dominante é o eucalipto, em torno do “abandono da agricultura”, em torno de problemas no ordenamento do território e, sobretudo, na “falta de meios humanos para responder às várias situações, incluindo na área da prevenção”.

Particular ênfase foi dada às condições de trabalho que é necessário dar resposta (em termos remuneratório, mas também de carreira) para assegurar que, no terreno, se efective a capacidade de vigilância e de resposta rápida, crucial no ataque aos incêndios florestais.

Na reunião e visita à fábrica de plásticos J. Prior, foi salientada a rápida e eficaz resposta dos diferentes organismos públicos envolvidos no programa de apoio às empresas, mas “alguma dificuldade, nos tempos de reposta”, por parte de algumas companhias de seguros.

Por outro lado, foi chamado à atenção para as zonas industriais, muitas delas sem as infra-estruturas necessárias para dar resposta a situações de emergência - acessos rodoviários, pontos de água - e mesmo para as corporações locais de bombeiros que não têm o material adequado para o combate às ocorrências tendo em conta o tipo e a diversidade de matéria combustível em cada uma das empresas presentes nessas zonas industriais.

“O PCP entende que, não obstante os avanços legislativos já alcançados desde o último ano, é necessário efectivar e consolidar no terreno as medidas já aprovadas e, pela sua parte, irá continuar a intervir no sentido de dar a resposta necessária para assegurar a defesa da floresta e do mundo rural, e o desenvolvimento regional, ao nível da promoção do emprego, da capacidade produtiva, do investimento público, da defesa dos serviços públicos e das estruturas desconcentradas do Estado e da defesa da Agricultura Familiar, nas suas múltiplas funções”.