Ílhavo: "Museu Marítimo é a nossa marca mais importante" - Paulo Costa.

2017-08-09 12:15

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O Museu Marítimo de Ílhavo quer continuar a assumir a cultura marítima como investimento nas gerações mais jovens e na homenagem aos mais velhos que fizeram do litoral espaço de vida e do mar espaço de trabalho.

Na celebração dos 80 anos, ficou uma mensagem de balanço aos anos de evocação marítima do espaço que é o embaixador de Ílhavo no mundo.

Paulo Costa, Vereador da autarquia, não tem dúvidas que o MMI é essa imagem de marca mais forte das que são geridas pela autarquia (com áudio).

A sessão comemorativa fica marcada pelo lançamento do livro “Tributo a Capitães de Ílhavo”, de Ana Maria Lopes. A autora, antiga diretora do Museu, diz que foi um trabalho exaustivo em torno de figuras míticas.

“Deixar claro que este tributo é feito com muito trabalho, muita pesquisa, com carinho, afeto e amor e o que é feito com amor normalmente é bem feito. Que as notas biográficas destes 30 capitães representem a sua totalidade bem como os restantes homens do mar desta terra maruja”.

O MMI nasceu como museu municipal em 1937. O Grupo dos Amigos do Museu, o fundador Américo Teles e o primeiro diretor, Rocha Madaíl, foram protagonistas desse momento criador que viria a colocar o MMI como o Museu Municipal mais visitado do país, em 2016, com 80 mil visitantes.

Álvaro Garrido, consultor do MMI, assume que este é mais um dia especial dedicado a uma obra que se renova de forma permanente.

“Temos um Museu com escala, organizado e belo, com projeto e com alma. Sabe o quer quer e de onde vem. É reconhecido pela singularidade e ousadia do que aqui se faz. Renovámos e abrimos reservas, ampliamos a exposição de história natural, construímos duas exposições, preparou-se a abertura do portal ´homens e navios do bacalhau`, preparámos nova edição da revista Argus e um seminário. E prefigura-se um novo recorde de públicos. Mas nada disto deve inebriar-nos”.

Aníbal Paião, da associação dos Amigos do Museu, assume que se trata de um tributo aos homens do mar e recorda a figura de Francisco Marques, antigo capitão que foi diretor do Museu.

“Quando no final dos anos 90 o mar ameaçava borrasca foi um capitão que o trouxe são e salvo ao porto de armamento com a magnifica envolvência arquitetónica e de conteúdos. Isso hoje seria irrepetível atendendo a que políticas marítimas irresponsáveis conduziram à liquidação da marinha mercante com destaque para a pesca longínqua e a pesca do bacalhau. E com isso com a redução do número de oficiais náuticos”.