Governo "chumba" pedido da Câmara de Aveiro de isenção de portagens na A25 em regime de exceção.

2016-09-19 11:26

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O Governo não aceitou uma proposta da Câmara de Aveiro de suspender a cobrança de portagens enquanto decorrerem obras em vários pontos da EN109.

Inspirado pelo arranque da obra de construção da nova Variante Rodoviária de Cacia, integrada no Plano de Pormenor de Parte da Zona Industrial de Cacia, um investimento global de aproximadamente 1.200.000€ (compra de terrenos e empreitada), a autarquia sugeriu o cancelamento de cobrança de portagens no troço da A17/A25 entre o nó da A17 com a Variante à EN235 e nó de Angeja da A17/A25.

Uma forma de garantir o desvio de tráfego para a auto-estrada e dessa forma aliviar a circulação, em Cacia, e noutros pontos da cidade de Aveiro que estão em fase de obras. Essa isenção seria válida por um ano e foi apresentada ao Ministro Pedro Marques que terá recusado a ideia alegando “perda de receita”.

“A CMA lamenta profundamente esta decisão do Governo, que considera errada, injusta e desadequada à boa gestão da realidade do Município de Aveiro, numa situação de absoluta excecionalidade, reiterando no entanto a sua determinação em realizar as importantes obras em causa na EN109, em nome da segurança e da qualidade da circulação dos seus utilizadores”.

A autarquia volta-se para os utilizadores apelando à “compreensão para as obras que decorrem e vão decorrer nos próximos meses” até ao próximo Verão. A rotunda do Botafogo está concluída mas há mais projetos na calha na ligação entre Aveiro e Cacia.

No caso da variante de Cacia é apontada como condição necessária para a construção da nova fábrica de papel tissue da empresa The Navigator Company (com capacidade final de produção de 240.000 toneladas por ano, um investimento próximo dos 420 milhões de euros e uma projeção de criação de cerca de 300 novos postos de trabalho, até ao ano de 2022), assim como para a qualidade de vida dos residentes na zona nascente de Cacia e para a segurança dos automobilistas que circulam naquela zona.

Nos argumentos apresentados a autarquia relembra a existência de unidades comerciais e industriais de grande dimensão e geradoras de tráfego pesado (Renault CACIA, Portucel / The Navigator Company, Bosch, FunFrap, Indasa, entre outras) e que deveria merecer a ponderação da isenção.